Três dias depois de ser afastado, Índio Ramírez retornará ao elenco do Bahia. A informação foi confirmada pelo presidente do clube, Guilherme Bellintani, nesta quinta-feira (24). A decisão foi tomada após apuração interna e com base na falta de provas de que o colombiano praticou racismo contra Gerson, do Flamengo.

“A gente se esforçou e não identificou uma outra prova ou circunstância além da palavra da vítima. Quando eu falo isso, não é reducionismo. É dizendo que foi a palavra da vítima, que é relevante e importante”, afirmou Bellintani em entrevista ao programa ‘TVE Revista’.

Gerson acusou Ramírez de racismo durante o jogo no Maracanã – Alexandre Vidal / Flamengo

O dirigente também afirmou que as investigações continuarão, assim como o Bahia ficará atento aos processos movidos na Justiça Desportiva, polícia e Ministério Público. E garantiu que, em caso de algum fato novo que prove que houve racismo, a decisão poderá ser outra.

“Eu não consegui cravar que a decisão mais correta seria abandonar a presunção de inocência do Ramírez. Nós consolidamos a ideia de que ele deve continuar no clube e ser reintegrado imediatamente. Ficaremos atentos aos processos paralelos que e qualquer outro fato que surja vai merecer análise”, completou o dirigente, que pediu a confiança dos torcedores.

Durante o jogo do último fim de semana, vencido pelo Flamengo por 4 a 3, Gerson acusou Ramírez de ter proferido a seguinte frase: “Cala a boca, negro”. No dia seguinte, o meia prestou queixa-crime contra o colombiano, que nega a acusação.

Comentários