O juiz Joaquín Aguirre incluiu, nesta quarta-feira (18), o atual presidente do Barcelona, Joan Laporta, na investigação sobre crimes de suborno a árbitros, corrupção e falsificação de documentos no “Caso Negreira. A informação é do jornal “El Periódico”.

Entre 2001 e 2018, o Barcelona teria feito depósitos que alcançaram o valor de de sete milhões de euros (R$ 37,2 mi) a empresas de José María Enríquez Negreira, antigo vice-presidente do Comitê de Arbitragem da Espanha. Por isso, os ex-presidentes do clube Josep María Bartomeu e Sandro Rosell já haviam sido denunciados antes de Laporta.

Joan Laporta nega acusação, mas vê investigação avançar – Foto: Daniel Munoz/ AFP via Getty Images

De acordo com o juiz, “todos tiveram uma responsabilidade efetiva na decisão de efetuar os pagamentos”. Aguirre sustenta que Laporta cometeu um crime de suborno continuado, o que amplia o período de prescrição

“Os pagamentos a Negreira produziram os efeitos de arbitragem desejados pelo Barcelona, ​​​​de tal forma que deve ter levado à desigualdade no tratamento com outras equipes e a consequente corrupção sistêmica na arbitragem espanhola como um como um todo, o que não significa que todos árbitros fossem corruptos, mas um grupo deles, sim”, declarou o magistrado.

Além da atual gestão, Laporta comandou o Barcelona de 2001 a 2010. O cartola afirma que os pagamentos foram para “relatórios técnicos sobre árbitros”. E nega que o clube catalão tenha alguma vez “comprado árbitros ou influência”.

Além dos três cartolas, o Barcelona também está sob investigações da Justiça no “Caso Negreira”. A Uefa, aliás, pode punir o clube em torneios internacionais caso as denúncias sejam comprovadas.

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