“Eles apresentaram um orçamento com hipóteses difíceis de cumprir. Várias delas não foram cumpridas. O orçamento deu menos de € 320 milhões para a temporada 20/21. Provoca uma situação econômica e patrimonial preocupante e uma situação financeira dramática. Em 21 de março de 2021, a dívida era de € 1,35 bilhão”, revelou.

Desde que assumiu o clube em março, Laporta tem tentado diminuir os juros de outros empréstimos feitos pela gestão anterior. O Barça precisou pedir empréstimo de 80 milhões de euros (R$ 495 milhões) para arcar com a folha salarial.

Além disso, a gestão atual do Barcelona tem buscado interromper “pagamentos desproporcionais” a intermediários. Laporta revelou que o clube pagou 8 milhões de euros (R$ 49 milhões) para uma pessoa encontrar jogadores na América do Sul. A folha salarial também foi criticada.

“Também encontramos um contexto de uma política esportiva equivocada, que causa danos à entidade. É uma pirâmide invertida, na qual os veteranos têm contratos longos e os jovens têm contratos curtos. É difícil renegociar contratos. Essas reduções salariais que os gestores anteriores se vangloriaram, uma redução de € 68 milhões, mas na realidade não é redução porque a encontramos na forma de bônus de rescisão de contrato”, afirmou.

O presidente também voltou a falar sobre a saída de Messi. Laporta ressaltou que o Barcelona fez tudo que era possível para renovar com o craque argentino e o desejou sorte nos próximos passos.

“Tenho a sensação de foi feito o que era possível. Na apresentação dele, quando você pensa nele, deseja o melhor. Também o vejo feliz. Ele merece, assim como toda a sua família. Agora talvez sejamos rivais e tenhamos que nos adaptar. A motivação de nossa parte é máxima. Percebeu-se no time que o vestiário é forte, motivado e empenhado. O que posso dizer é que fizemos todo o possível dentro das possibilidades financeiras do clube”, finalizou.

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