O presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, disse que vai repensar a relação do clube com as torcidas organizadas, após o episódio de violência, antes do clássico contra o Santos. Um grupo de torcedores foi receber o plantel na Baixada Santista e ecoou gritos de manifestações. Além disso, desferiu alguns tapas no ônibus onde estavam os jogadores. Por conta disso, o Timão decidiu retornar para a cidade de São Paulo, por segurança, um dia antes do embate.

“É muito triste que a violência no futebol só aumente. Protestos são legítimos, mas tudo tem limite. O Corinthians vai fazer o possível e o impossível para o futebol voltar a ter segurança. Ninguém tem medo de descer de ônibus, mas não vou colocar ninguém em risco, quem foi receber os jogadores poderia criar problema maior. Qualquer hora vai acontecer uma tragédia, está cada vez mais perto”, disse Duílio, que prosseguiu.

Ônibus - Corinthians
Organizada do Corinthians recebeu time com protesto em Santos, na terça-feira – Foto: Reprodução / Redes Sociais

“O Corinthians vai repensar também a relação com as organizadas. Tivemos dez dias com manifestações de alas diferentes, tem eleições no clube e nas torcidas. O Corinthians não vai ser prejudicado por isso. Sabemos da responsabilidade e do trabalho que tem que ser feito para o Corinthians subir no Brasileiro. Daí para violência é algo muito grande”, completou o mandatário.

Presidente do Corinthians também pede punição aos agressores na Vila

Duílio também pediu punições severas aos causadores da confusão que encerrou o clássico contra o Santos, na Vila Belmiro, aos 44 minutos do segundo tempo. Afinal, o Timão vencia o jogo por 2 a 0, quando membros de organizadas do Peixe atiraram rojões e outros objetos no gramado. Além disso, o mandatário também ressaltou que esta é a segunda vez que uma confusão acontece quando o Corinthians vai jogar no Urbano Caldeira.

“É lamentável, muito triste o que a gente tem vivido nos últimos anos, com protestos, agressões, hoje novamente na Vila. No ano passado tivemos também um episódio na Copa do Brasil, o Cássio foi agredido. Hoje eu entrei rápido para pedir que o delegado do jogo avaliasse a condição de continuidade do jogo. A gente se preocupa com segurança do torcedor, dos jogadores, de nós que estamos trabalhando”, disse o presidente do Corinthians, que prosseguiu.

“Está na hora de ações mais duras para que a gente possa evitar isso. Jogo de futebol é alegria, tem família assustadas e acuadas aqui, é muito triste.  A gente espera providências da CBF, STJD, para que a gente não veja uma tragédia. Muitas famílias. Vuaden (árbitro) foi bem em encerrar o jogo, não havia condições de ir até os acréscimos”, concluiu Duílio.

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