A criação da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) vem sendo tema de debate caloroso entre os clubes do país. Até o momento, oito deles (seis da Série A e dois da B) assinaram: Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos, São Paulo, além de Cruzeiro e Ponte Preta. O presidente do Fortaleza Marcelo Paz afirmou, nesta sexta-feira (5), que discorda do modelo de construção da Liga e que não assinará conforme o estatuto atual.

Marcelo Paz, presidente do Fortaleza – Reprodução / Instagram

“Tenho participado ativamente de todas as discussões da Liga, quando fui convidado, claro. Sempre disponível, viajando. Na terça-feira, não estive presente, ia receber uma homenagem, mas acompanhei em Tempo Real. Meu vice estava lá. Um cara de respaldo. Eu acho que, primeiro, todo mundo quer a Liga. Todo mundo quer! Mas a forma como nasceu foi bastante equivocada. Foi criado um estatuto por seis clubes, com 34 clubes fora das ideias. Não fomos chamados para debate”, afirmou, em participação no programa ‘Central’, do site “ge”.

São necessárias 12 assinaturas para que ocorra a constituição de sede, estrutura e sociedade empresarial da Liga. No entanto, para a organização do Campeonato Brasileiro, de acordo com a proposta do estatuto, é preciso que haja o aval da CBF, além de adesão da maioria dos 40 clubes das Séries A e B.

“Soubemos da reunião na sexta, no fim do dia, em um grupo de whatsapp. Topamos ir na terça para conversar, entender, colocar pautas, não tivemos resposta. A meu ver, isso não é a forma de fazer a Liga. Eu não assino esse estatuto, ele reflete práticas antigas”, pontuou.

“Não concordo, muitos clubes não concordam, mas vamos seguir abertos ao diálogo. Não adianta o discurso vazio, de futebol moderno, com modelo de ligas do mundo inteiro e vir para ganhar seis vezes mais (alguns clubes). Isso precisa ser dito. Não existe Liga de oito clubes”, completou Paz.

A criação da Liga foi uma iniciativa do Clube dos 6, formado pelo Flamengo e os paulistas Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Red Bull Bragantino. Do outro lado, o Movimento Futebol Forte (América-MG, Atlético-GO, Athletico, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude) se posicionou contrário ao formato de rateio das receitas, visando a proteção a clubes de menor expressão em negociações no cenário nacional.

Os quatro clubes restantes (Atlético-MG, Botafogo, Fluminense e Internacional) ainda não aderiram oficialmente a nenhum dos lados.

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