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Julio Casares, presidente do São Paulo - Divulgação/São Paulo

O assunto fair play financeiro vem sendo abordado com frequência. Dessa forma, Julio Casares, presidente do São Paulo, falou sobre o tema em uma entrevista a “ESPN”. O dirigente ainda citou o Botafogo, John Textor e a Eagle Football, empresa do acionista majoritário da SAF alvinegra.

“Na questão do fair play, a nossa preocupação basicamente e aqui não há nenhuma colocação ao clube SAF ou não, tem SAF com investimento e SAF que não funcionou, é que você tenha uma regulação da atividade, onde um clube que fatura X não pode ter investimento na contratação de um jogador que seja acima do seu faturamento. É algo que contraria os órgãos reguladores. Nós temos que pensar no mercado. Quem fatura mais porque foi muito competente ou porque tem uma torcida maior, ou porque fez gestão, pode dentro de um percentual, estabelecer um teto de investimento”, pediu.

Depois, Julio Casares fez críticas a modelos de holding.

“Outra coisa que nos preocupa são grupos que representam um clube no Brasil e são donos de outros clubes no mundo, onde fazem uma ciranda de atletas. Coloca atleta ali, depois vende o atleta para o próprio grupo. Eu não sei qual foi o tipo de valor, se foi de mercado ou corporativo, e eu sou sócio talvez de alguns atletas que já tiveram vendas internacionais de grupo para grupo. Eu questiono: “Os meus 15% foram de mercado ou foram questões de transações corporativas?” Chegou a hora da CBF abrir esse espaço!”, disse.

Botafogo e John Textor

O Botafogo é alvo de clubes brasileiros que reclamam do fair play financeiro por conta dos altos investimentos no elenco. Assim, o dirigente reclamou de um ‘desequilíbrio esportivo’.

“Pela primeira vez eu vejo um entendimento desses grandes clubes para tocarem em situações difíceis que são arbitragem, calendário e fair play financeiro. E o fair play financeiro não é choro de quem fatura menos. Hoje, você vê o Botafogo liderando, parece que é por causa do Botafogo… O Flamengo, por exemplo, o que ele vai fazer dentro do orçamento dele, é problema do clube. Seja de Flamengo, Botafogo, Palmeiras ou São Paulo. Agora, você ter um faturamento que tem o teto X e investir em futebol acima desse teto, há um desequilíbrio esportivo. Isso é muito claro. Todo mundo tem que encarar que tem uma regra de equilíbrio”, afirmou.

Os investimentos do Alvinegro na temporada ultrapassaram os R$ 370 milhões. No entanto, John Textor não está se importando com a situação. O empresário, aliás, tem feito publicações em suas redes sociais que ironizam as críticas, inclusive com os gastos do Flamengo.

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