Yan Couto foi convocado para a Seleção Brasileira na vaga do cortado Vanderson e fez sua estreia na última quinta-feira (12) após lesão de Danilo. Assim, o lateral-direito de 21 anos deve ser titular contra o Uruguai, em Montevidéu.

Em entrevista coletiva neste sábado, o jogador do Girona comentou sobre o gostinho de defender pela primeira vez o seu país e espera ter sequência para se tornar mais conhecido do público, já que deixou o Brasil ainda muito jovem.

“Sou brasileiro, me identifico com o povo e tenho passaporte português. Mas eu nunca pensei em jogar lá. Gostaria que o povo brasileiro me reconhecesse mais para ter esse laço mais íntimo. Espero começar a construir isso agora, para ter uma trajetória na Seleção”, iniciou.

LEIA MAIS: Saiba como foi a entrevista do atacante Rodrygo

Yan Couto durante entrevista coletiva neste sábado, em Montevidéu – Foto: Vitor Silva/CBF

“Saí muito cedo do Coritiba, tive só dois jogos pelo profissional, foi muito pouco meu período no Brasil. Isso da performance na Europa, talvez nem todo mundo acompanhe, cheguei com 18 anos, esse ano tive uma mudança de mentalidade, esse ano estou mostrando meu futebol, minha melhor versão. Está sendo tudo rápido, mas estou feliz de estar aqui, é uma premiação do que venho fazendo no clube”, acrescentou.

Após o título mundial com a Seleção Brasileira sub-17 em 2019, Yan viu sua vida mudar ao ser contratado pelo Grupo City. Com passagem pelo Braga, de Portugal, por empréstimo, na temporada 2021/22, ele está em sua terceira temporada no Girona.

Brasil e Uruguai se enfrentam nesta terça-feira (17), às 21h30 (de Brasília), pela quarta rodada das Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2026.

Outros tópicos da entrevista

A psoição de lateral da Seleção Brasileira

“Sempre foi bem servida historicamente. A gente que vem no novo ciclo tem a responsabilidade de sempre dar o melhor, vim aqui para somar, crescer e ajudar a Seleção. Acredito que vem tendo um novo ciclo de laterais, já participei das categorias de base da Seleção. Pouco gente me conhece no Brasil porque saí cedo para a Europa. Venho fazendo um bom trabalho, espero ter mais chances se Deus quiser.”

Cabelo rosa

“A cor preferida da minha irmã é rosa, fiz meu cabelo há três meses e ela ficou feliz, ficou tocando. Eu fiz meu cabelo rosa para mostrar que esse ano é meu, mudei mentalidade, sou mais profissional. Achei que era para meu clube, né? Cabelo não é para me achar, sou tímido e nunca tinha feito algo assim no cabelo. Mas é para olhar no espelho, lembrar que sou nova pessoa e posso aproveitar esse momento.”

Entendimento com os atacantes

“No último jogo, no intervalo, tive pequena conversa com o Richarlison. Para entrar no segundo pau quando estou no bico da área. Cruzei uma e o zagueiro conseguiu tirar. Essa comunicação é importante para que entendam como jogo e vice-versa, podemos fazer uma bola rápida por trás da defesa. Tudo depende. Temos pouco tempo e conversamos para alinhar e na hora do jogo concluirmos melhor uma jogada.”

Girona sensação

“O desempenho no Girona tem sido base para estar aqui. Meu time está indo bem na Espanha, somos os segundos da La Liga, grupo sensacional, estou lá para ajudar e estamos fazendo grande temporada. Sou brasileiro, me identifico. Tenho passaporte português, mas sempre sonhei com a seleção brasileira e posso ajudar. Quero que o povo brasileiro me conheça e isso começa agora para eu ter uma história bonita na seleção.”

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook.

Comentários