A rodada desta quarta-feira do Campeonato Amazonense, a oitava da competição, teve uma goleada impressionante. O Iranduba, que estava sem técnico, pois Gabriel Moura (de apenas 26 anos) pediu demissão no fim de semana, levou uma surra de 10 a 2 do Cliper, no Estádio Ismael Benigno, em Manaus. Esta foi a maior goleada do Amazonense desde 2016, quando o Fast Club fez 10 a 0 no Borborense.
O Iranduba vive crise financeira e técnica. Mas estava esperançoso de um bom resultado, pois conseguiu regularizar cinco reforços a tempo para a partida. Começou bem. Até mandou uma bola na trave no primeiro minuto.
Mas foi fogo de palha. O time, que tem os genéricos Negueba, Sávio e Dodô no elenco, não foi páreo para o Cliper de Foguete, Canutama, KriKri e o veterano artilheiro Charles Chenko. Caíque fez 1 a 0 aos dez minutos. Iton, Charles Chenko e Raphinha (duas vezes) ampliaram. Antes dos 35 minutos, o jogo já estava 5 a 0, com o interino do Iranduba, Thiago Rafael, coçando a cabeça e começando a fazer substituições para evitar o vexame. Deu até certo, pois Gabriel Xavier marcou dois gols para o time do intervalo. Um placar de 5 a 2 não estava tão feio assim.
Porém, veio o segundo tempo da tragédia. Aos 5, gol do Cliper, Caíque; aos 7, gol do Cliper, Thiago Bigo. Aos 14, gol do Cliper, Canutama. O Cliper cansou de fazer gol. Passou a ficar tocando bola e fez um pênalti bobo que Sávio cobrou e perdeu para o Iranduba. Esse lance acordou o time, que ampliou com Lídio e Cristiano Natal.
Após o apito do juiz, fim do pesadelo para o Iranduba, que perdeu todos os seis jogos e já tinha levado um 7 a 0 o Nacional. Na próxima rodada enfrentará um dos favoritos ao título, o Amazonas (vice-líder ao lado do Cliper, 11 pontos). Depois pegará o melhor time do estado, o líder Manaus. É dura a vida do Iranduba.
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