Pelo segundo jogo consecutivo, justamente nas duas vezes em que esteve sob o comando de Fernando Diniz, o Vasco levou gols nos acréscimos. A fragilidade na reta final dos confrontos é mais uma preocupação para o treinador, que segue sem vencer com a equipe. Dos 29 gols sofridos nesta Série B, oito foram depois dos 30 minutos do segundo tempo.
Na última partida de Lisca à frente do Cruz-Maltino, o placar estava 2 a 1 para o Avaí quando Jonathan balançou a rede de Vanderlei, aos 36, colocando fim à qualquer chance de reação dos cariocas na Ressacada. Ao constatar que não conseguiria fazer seu trabalho evoluir no time da Colina, o técnico pediu demissão.
Contra CRB e Cruzeiro, um outro fator chamou atenção: o time cansou nos 45 minutos finais. A queda de produção deu-se pela intensidade no primeiro tempo destes jogos, quando a equipe imprimiu um ritmo acelerado e controlou os adversários. Diniz costuma definir seu estilo com a seguinte frase: “Existe só uma bola e 11 jogadores que podem encostar nela. Então, enquanto um está com a bola, os outros têm de se movimentar para dar opção de passe”.
Em dois jogos, o comandante implementou essa metodologia, o Vasco teve suas melhores atuações na Série B, mas não abriu vantagem confortável no placar que pudesse ser administrada sem riscos na etapa final. Foi assim quando a equipe venceu parcialmente alagoanos e mineiros por 1 a 0 (gols de Cano em Maceió e Nenê em São Januário).
Se por um lado o condicionamento físico do time notoriamente vem deixando a desejar, por outro preocupa o fato de os reservas que entram no decorrer do segundo tempo dos jogos não conseguirem manter o ritmo dos titulares, mesmo descansados. Com isso, o Cruz-Maltino fica suscetível a sofrer o abafa dos adversários, escancarando, assim, as deficiências do setor defensivo.
Em nono, com apenas 34 pontos, o Vasco está a sete do CRB, que fecha o G4. E a diferença pode aumentar para dez pontos ao desfecho da 25a rodada. Por isso, não basta que o Cruz-Maltino jogue bem. Será preciso alcançar a pontuação máxima em nove das 13 partidas restantes para poder sonhar com o acesso.
“Não temos certeza de nada. Tem que ter trabalho e acreditar que é possível. Aqui dentro vamos trabalhar, insistir e acreditar no acesso até o final”, garante Diniz.
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