Vítima de racismo ao entrar no hall do Estádio El Prat, neste sábado (17/6), antes do jogo entre Brasil e Guiné, Fernando Silveira, assessor de Vini Jr, prestou queixa à polícia neste domingo. Acompanhado de outro membro do staff de Vini e de um funcionário da CBF, foi até a delegacia de Cornellà (cidade vizinha a Barcelona e onde fica o estádio El Prat, de propriedade do Espanyol).
Na sua declaração, Fernando disse que um dos seguranças do estádio, logo após revistá-lo, um procedimento normal, falou: “esta é minha arma para você” mostrando uma banana.
Fernando, irado, começou a discutir com o segurança. Os dois foram para área isolada do estádio, acompanhado da imprensa e de outros policiais. O agressor disse que nada fez. Contudo, fotos que registravam a confusão deixaram claro que portava uma banana no bolso da calça. Não se tem registro que policiais espanhois carregam a fruta no bolso no dia a dia de seu trabalho.
Abaixo uma das imagens em detalhe, Batom na cueca (ou melhor, banana no bolso)
Racismo revoltou Vini e jogadores da Seleção
A atitude causou revolta. Até por causa da ironia. Afinal, ocorreu exatamente no jogo chamado como “amistoso contra o racismo” e que teve inúmeras ações contra o racismo. O Brasil goleou Guiné por 4 a 1, com direito a um gol de Vini Jr. Mas os jogadores só souberam do que ocorreu no hall do estádio após a partida. E se revoltaram. Vini, assim que tomou conhecimento do que ocorreu com seu assessor e amigo de infância, foi às redes:
Irritado e de cabeça quente, Vinicius evitou dar entrevista na zona mista, algo muito pouco comum em sua carreira.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues também soltou uma nota de repúdio:
“O combate ao racismo, um crime que precisa cessar em todo o mundo. É também o motivo pelo qual estamos aqui. O mesmo motivo que levou o presidente da FIFA, Gianni Infantino, a vir de Zurich até aqui. Mas foi também por isso que a nossa Seleção jogou o primeiro tempo da partida de preto. É um manifesto, é uma bandeira, é uma missão banir do futebol mundial. não só o racismo, como toda e qualquer forma de violência, dentro e fora dos estádios. Enfim, temos recebido a solidariedade de todos os companheiros de Federações e Confederações do mundo inteiro, querendo se juntar ao Brasil nessa luta. E hoje, mais uma vez, mais um criminoso foi exposto publicamente “.
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