O governo do Brasil, por meio do embaixador brasileiro na Espanha, Orlando Leite Ribeiro, pressionou o país europeu para que torcedores identificados em situações racistas contra Vini Jr fossem punidos, o que acabou acontecendo nesta semana. Isso porque três homens foram condenados à prisão pelo caso.
Aliás, o embaixador Orlando Leite Ribeiro reuniu-se com Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, Javier Tebas, presidente de La Liga, e Luis Rubiales, que comandava a Real Federação Espanhola de Futebol. O embaixador enviou um telegrama ao Ministério das Relações Exteriores relatando o desapontamento após as três reuniões.
Encontros sobre Vini Jr
O objetivo dos encontros era entender como as competências sancionadoras são distribuídas entre as partes, especialmente em casos envolvendo Vini Jr, buscando responsabilização. A informação é do ‘ge’.
“Cumpre reconhecer que meus três interlocutores concordam que os episódios não deveriam ter lugar em nenhum contexto […] No entanto, também é verdade que nem La Liga, nem a Federação e nem o Real Madrid parecem assumir com clareza nenhuma responsabilidade pelo ocorrido. A maior exposição mediática do problema do racismo no futebol espanhol tem evidenciado, pelo contrário, desentendimento, acusações e disputa de poder”, diz trecho do documento.
O embaixador Ribeiro afirmou que o presidente de LaLiga admitiu ter se enganado ao acusar Vini de “injuriar a La Liga” e criticou a inação do Ministério Público espanhol. Por sua vez, o então presidente da RFEF direcionou suas queixas contra a própria entidade. Já o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, criticou os outros dois líderes.
Por fim, Orlando Leite Ribeiro fez uma conclusão pessimista de que o assunto poderia perder força. Felizmente, um ano depois, um julgamento concluiu que três homens eram culpados. Pela primeira vez na história, alguém foi preso por ofensas racistas dentro de estádios espanhóis.
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