A Federação Italiana puniu a Udinese após os atos de racismo de parte dos torcedores da equipe contra o goleiro francês Mike Maignan, do Milan, no último sábado (20). A comissão disciplinar da liga italiana, autoridade encarregada para definir tais punições, emitiu um comunicado nesta terça-feira (23) para informar que o clube da cidade de Udine terá que jogar a próxima partida em casa com portões fechados.

“O juiz desportivo decidiu punir a Udinese com um jogo com portões fechados levando em conta a súmula do árbitro, assim como o relatório dos representantes da procuradoria da federação, a respeito dos atos de discriminação racial em várias ocasiões durante o jogo de sábado”, explicou a Federação Italiano em comunicado.

Racismo na Itália - Maignan
Maignan agradece apoio dos torcedores do Milan após vitória em partida marcada por racismo – Foto: Divulgação / Milan

Dessa maneira, a Udinese não poderá receber torcedores na partida contra o Monza, no próximo dia 3 de fevereiro, pelo Campeonato Italiano.

Além disso, um dos indivíduos que proferiu insultos contra o goleiro acabou sendo identificado e banido para sempre do estádio da Udinese.

Na partida em questão, Maignan reportou as ofensas ao árbitro Fabio Maresca, aos 33 minutos da primeira etapa. Assim, a arbitragem chegou a interromper o jogo por cinco minutos. Os atletas deixaram o gramado, mas depois retornaram. Pouco depois, o sistema de som do estádio reforçou que racismo é proibido e um absurdo.

Presidente da Fifa divulga texto de repúdio após novo caso de racismo

Após o jogo, que o Milan venceu por 3 a 2, Gianni Infantino divulgou um longo texto nas redes sociais, destacando que os fatos que ocorreram são “completamente abomináveis e inaceitáveis”. Ele acrescentou:

“Não existe espaço para racismo ou qualquer forma de discriminação, tanto no futebol como na sociedade.  Temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo, bem como o banimento mundial de estádios e acusações criminais para os racistas”.

Infantino também defendeu que o tema esteja presente nas escolas, como parte fundamental da educação das crianças.

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