O técnico Rafael Paiva já goza de prestígio no Vasco e um dos motivos que explica isso foi o seu bom início à frente da equipe profissional. E, nesta quarta-feira (16), ele reencontrará o rival de sua reestreia no comando. As memórias desse jogo, aliás, são positivas.
Afinal, foi contra o São Paulo, em junho, pela 11ª rodada do Brasileirão, que Paiva voltou para não sair mais do cargo de técnico vascaíno. O Tricolor paulista foi a São Januário para enfrentar um Vasco em profunda crise e voltou para casa com um 4 a 1 nas costas.
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Na ocasião, Rafael Paiva voltava como interino, mas desta vez para substituir Álvaro Pacheco, que ficou ínfimos quatro jogos à frente do cargo – com aproveitamento de 8,3%. Antes, Paiva já havia comandado o time em quatro partidas.
Foi quando ele interinamente assumiu no lugar de Ramón Díaz, que deixou o clube junto com sua comissão técnica, incluindo o auxiliar e filho Emiliano Díaz – ambos estão no Corinthians atualmente.
Paiva chegou ao Vasco em 2021 para ser treinador do time sub-17. Depois, foi trabalhar na base do Palmeiras. Em janeiro deste ano, então, ele retornou a São Januário, agora para treinar a equipe sub-20, sendo uma alternativa quando da saída dos Díaz.
Primeira impressão foi boa no Vasco
Sua estreia foi positiva, já que o Vasco conseguiu segurar um importante 0 a 0 contra o Fortaleza, em pleno Castelão, pela terceira fase da Copa do Brasil. Apesar da enorme pressão sofrida contra o Laion, com o resultado, ele manteve o time vivo para o jogo da volta.
Depois, sofreu uma infeliz derrota por 1 a 0 para o Athletico, na Ligga Arena, em jogo que Hugo Moura foi expulso logo aos 16′ do primeiro tempo. A partida, condicionada pela exclusão direta do ex-jogador do CAP, era pela quinta rodada do Brasileirão.
Na rodada seguinte, sua primeira vitória como técnico profissional. Diante do Vitória, o Cruz-Maltino fez primeiro tempo ruim, mas voltou bem e, com duas assistências de Payet, venceu por 2 a 1, em São Januário. Sua partida seguinte valeu classificação na Copa do Brasil, garantindo que esta primeira passagem era bem sucedida.
Foi contra o Fortaleza, novamente em São Januário. Em empate épico por 3 a 3, o Vasco conseguiu a classificação nos pênaltis, voltando às oitavas de final da Copa do Brasil após nove anos. Então, apesar de “apenas” 41,6% de aproveitamento, Rafael Paiva pavimentou bem sua primeira impressão diante do torcedor e da diretoria.
De toda forma, o Vasco, vivendo imbróglio com a sócia da SAF (777 Partners), escolheu o desconhecido português Álvaro Pacheco para treinador da equipe. Após um desastre em seus únicos quatro jogos, com três derrotas e um empate, Rafael Paiva voltou à cena.
Goleada com moral
Com este período negativo tanto dentro, como fora de campo, a torcida não compareceu em peso na partida seguinte, diante do São Paulo, como forma de protesto. Conferindo, assim, o pior público de São Januário desde 2 de fevereiro de 2022, quando somente 5.031 pessoas foram ao estádio pela Taça Guanabara contra o Nova Iguaçu. Contra o São Paulo, apenas 5.036 torcedores compareceram.
Estes podem se considerar felizardos, aliás. Afinal, apesar de sair atrás logo aos 10′ com André Silva, o Vasco virou ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, em grande atuação, finalizou com uma goleada por 4 a 1, a primeira em cima de um time do G12 desde 2012.
Dessa forma, Paiva ganhou moral, aumentando não só a qualidade das atuações como a pontuação da equipe, que passou à primeira metade da tabela do Brasileirão. Foram apenas três derrotas nos 16 jogos seguintes, com o time chegando à semifinal da Copa do Brasil após 13 anos. Ao todo, já são 11 vitórias, nove empates e sete derrotas nos 27 compromissos até o momento (51,8% de aproveitamento).
Agora, já considerado treinador efetivo, pode alçar voos maiores. Após o duelo contra o São Paulo, o Vasco enfrenta o Atlético-MG pela volta da semifinal da Copa do Brasil e pode retornar à final após 13 anos.
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