Após a La Liga, que é administrada pela Real Federação Espanhola de Futebol, fazer um acordo com um fundo de investimentos e ceder os direitos dos clubes espanhóis por 50 anos, o Real Madrid ameaçou processar o presidente da entidade, Javier Tebas. A relação entre as partes, que já estava abalada, ficou ainda pior.

Em nota oficial divulgada nesta terça-feira, o Real Madrid informou que “o Conselho de Administração concordou, por unanimidade, entrar com ações judiciais, civis e criminais” contra Tebas e também contra Javier de Jaime Guijarro, responsável pelo fundo CVC Capital Partners. A empresa fez um acordo para comprar 11% das ações de La Liga por 2,7 bilhões de euros.

Florentino Perez, presidente do Real Madrid, trava um duelo com Javier Tebas, mandatário da La Liga – Foto: Oscar Del Pozo / AFP

O Real Madrid não foi o único que foi contrário ao acordo entre a La Liga e o fundo de investimentos. O Barcelona também não foi a favor e chegou a culpar a liga espanhola pela saída de Messi. A diretoria do clube catalão não aceitou o acordo de 50 anos para conseguir renovar com o argentino e, por isso, precisou abrir mão do maior ídolo para fechar as contas e não ferir o fair-play financeiro.

“O método ameaçador que FP (Florentino Pérez) vem usando em privado há anos está agora passando para o público. Clubes e instituições têm apoiado suas ameaças há anos. Desde 2015 contra a venda centralizada, os constantes desafios dos convênios, a Superliga… O Real Madrid merece mais”, rebateu Tebas.

É a primeira vez que uma liga nacional de futebol na Europa vende participação a um investidor até agora. O fundo injetou 2,7 bilhões de euros em La Liga e recebe em troca 11% do negócio, com a criação de uma empresa que vai receber os patrocínios, licenças, tecnologia e a LaLiga Business School.

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