Jogo de muita correria e pouco futebol. O Athletico, pressionado pela torcida, e na teoria com maior necessidade de vitória, virou o placar para 2 a 1. Aos 97 minutos, o VAR descobriu um pênalti – Lucas Fasson x Rodrigo Caio – e Pedro igualou: 2 a 2. Como os dois não viram a cor a da bola ficou de bom tamanho.
O Flamengo é um time em decadência. Muito distante daquele que foi um dia o melhor do Brasil. Chegará em frangalhos à decisão da Libertadores. Autêntico fim de feira. Quem escreve não é pitonisa ou profeta, mas não é difícil perceber que o Flamengo não será campeão em ocasião alguma com Renato Gaúcho. Com ou sem pênalti. O aviso já foi dado. E ainda há tempo para mudar.
Athletico e Flamengo disputaram um primeiro tempo de muito perde e ganha, dado os erros excessivos de passes, daí as raras oportunidades de gol e o placar que só foi movimentado uma vez, e ao acaso – Gabriel chutou errado e a bola sobrou para Thiago Maia marcar. Os times não manobravam no meio, pela ausência de jogadores para fazê-lo, e pela afobação em dar sequência ao jogo, esbarrando nos adversários. O 0 a 0, pela mediocridade geral, seria o resultado lógico.
O gol de empate do Athletico, logo aos dois minutos da etapa final, Pedro Henrique de cabeça, após cobrança de escanteio, veio, na teoria, para estabelecer a justiça no marcador, e quem sabe, melhorar o nível da partida. Mas o tempo foi passando e os times continuaram errando muito, e como faltavam, para ambos, apoiadores para colocar a bola no chão, as chances não apareciam. E os treinadores não mexiam, na prática, porque se não têm titulares para a função, é de se imaginar o que vai pelo banco.
Aos 25, em um cruzamento fortuito, Renato Kayzer, também na cabeçada, virou o placar. Aí começou o habitual desespero do técnico. Substituições sem muito nexo, reservas de pouca intimidade com a bola, um horror. De 2019 em diante não se viu, no Flamengo, um jogador tão decantado e tão ruim como esse Andreas Pereira. Como sempre ocorre, com esses troços a equipe consegue piorar, e a derrota só não acontece pelo acaso. Pedro cobrou o pênalto e dessa vez não escorregou: 2 a 2.
Quando perder os três títulos, o que está óbvio, Renato Gaúcho lavará as mãos, dirá um muito obrigado, e um dos três melhores times da história do Flamengo terá ido para o lixo.
Fim de jogo, quase de manhã na Inglaterra, e o torcedor do Manchester United, que obteve virada espetacular na Champions, está acordando para trabalhar. Ao saber que Andreas Pereira é titular e ídolo no Flamengo dá uma sonora gargalhada e a sua satisfação de felicidade sugere que terá um ótimo dia.
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