O projeto de renovação do elenco, encabeçado pelo técnico Zinedine Zidane, está em ponto morto. O Real Madrid pretendia trazer cada vez mais jovens promessas para que o treinador francês, pouco a pouco, fosse utilizando estes jogadores com mais frequência. As contratações de Vinicius Júnior, Rodrygo, Kubo e Jovetic e os retornos de Mayoral e Odegaard tinham a finalidade de oxigenar o plantel merengue. Mas não é o que ocorre. O gaulês não conseguiu romper o vínculo com os veteranos que o ajudaram a conquistar três Champions seguidas pelos Blancos, conforme destaca a edição deste sábado (23) do jornal ‘As’.

Rodrygo do Real Madrid
Rodrygo tem pouca participação nesta temporada – Site do Real Madrid/Divulgação

A aposta nos medalhões choca com o projeto esportivo do próprio clube, e a contradição deixa Zidane ainda mais enfraquecido, já que os resultados recentes não justificaram a escolha. Vinicius Júnior, Rodrygo e Valverde têm pouco protagonismo. Éder Militão e Odriozola quase não jogam. Para piorar, os jovens, sem oportunidade, estão, pouco a pouco, deixando o Santiago Bernabéu. Mayoral foi para a Roma e está brilhando na Itália. Jovic defenderá as cores do Eintracht de Frankfurt (ALE) nos próximos seis meses. E Odegaard está muito próximo do Arsenal (ING) – ele seria o nono jogador cedido por empréstimo para equipes da Primeira Divisão de outros países.

A diretoria do Real Madrid até que não vê problema em deixar os joias pegarem experiência em outras praças. Kubo e Reinier, por exemplo, devem seguir longe da capital espanhola. Porém, Zidane, se permanecer no cargo, terá que resolver também o problema dos jogadores que retornarão de empréstimo ao clube após o fim desta temporada. O dilema ganha força com as voltas de Vallejo, Jovic, Ceballos e Brahím, apostas que podem acabar vendidas pelos Merengues sem nenhuma contribuição esportiva para o maior campeão da Europa.

Comentários