Em resolução conjunta entre as secretarias de Saúde estadual e municipal do Rio, publicada na manhã desta quarta-feira (13), as novas regras de combate à Covid-19 liberavam o retorno de torcida aos estádios de futebol da cidade. Entretanto, logo após a repercussão negativa imediata, o prefeito Eduardo Paes afirmou que a medida será revogada. Ou seja, continua proibida a presença de público.

“A decisão de liberar os estádios com uma ocupação máxima de 1/10 está correta tecnicamente de acordo com nossa secretaria de saúde. No entanto, obviamente trata-se de medida quase impossível de ser fiscalizada. A medida será revogada”, postou em seu perfil do Twitter Eduardo Paes.

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Maracanã vai receber a final da Libertadores em janeiro de 2021 – Divulgação/Secretaria de Cultura do RJ

Pelas novas regras publicadas nesta quarta-feira, o retorno do público seria com apenas 10% da capacidade, pois atualmente as regiões onde ficam os estádios da cidade estão na faixa vermelha, ou seja, com risco alto de contaminação. Nesse caso, a distância entre os torcedores deveria ser de três metros.

Entretanto, se a região estiver com risco muito alto, o público não poderia entrar, assim como, se houver risco moderado, a capacidade subiria para 20%, com afastamento de dois metros entre as pessoas.

Dificuldades para ter público

Mesmo se a medida continuasse em vigor, dificilmente haveria mudança no panorama atual. Isso porque, para o Brasileirão, a CBF teria que liberar a presença de público e essa possibilidade só aconteceria caso todos os clubes na disputa pudessem jogar com torcida. Como apenas essa possibilidade seria no Rio, os rivais de outros estados não iriam aceitar.

Outra possibilidade seria a final da Libertadores, no dia 30 de janeiro, no Maracanã. Entretanto, a própria Conmebol já comunicou que a decisão entre Palmeiras e o vencedor de Santos x Boca Juniors será com portões fechados.

Vale lembrar também que os casos de Covid-19 no Rio estão em alta de 115% em relação a duas semanas atrás, com 140 pacientes na fila de espera por um leito, segundo balanço desta quarta-feira.

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