O Brasil não conseguiu repetir a boa atuação de Londres, quando venceu a Inglaterra por 1 a 0, mas o empate de 3 a 3 com a Espanha, no estádio do Real Madrid ocorreu notadamente por equívocos do árbitro português Antônio Emanuel Carvalho Nobre, que assinalou dois pênaltis inexistentes para o time da casa. Seria um resultado merecido, que podia até ganhar, se os gols locais fossem legais, mas é fato que a equipe brasileira mostrou pouco futebol, diante da expectativa criada pelo triunfo na partida anterior. De qualquer forma, o resultado não foi ruim, levando-se em conta as circunstâncias.
O Brasil fez um primeiro tempo tímido, pois aceitou a marcação da Espanha, que teve o controle do jogo, suficiente para marcar dois gols. O time dirigido por Dorival Júnior não conseguia superar a metade do campo, errando passes com freqüência, tanto que os zagueiros chegaram a buscar a ligação direta com o ataque, sem sucesso. Os apoiadores estavam em dia infeliz.
Aos 12 minutos, Yamine Lamal dribou João Gomes na área, e simulou o pênalti, que Rodri Hernandez cobrou sem chance para Bento: 1 a 0. Aos 36, Dani Olmo jogou a bola entre as pernas de Beraldo e bateu para ampliar: 2 a 1. O placar era justo, mas Unai Simon cometeu erro primário, aos 39, rolando curto para Rodrygo, que encobriu o goleiro, mantendo o Brasil na partida.
Para a etapa final, o ex-treinador do São Paulo trocou quatro atletas. Yan Couto, André, Andreas Pereira e Endrick substituíram respectivamente Danilo, Bruno Guimarães, João Gomes e Raphinha. Aos quatro minutos, Andreas Pereira cobrou escanteio. Aymeric Laporte cabeceou para o pé esquerdo de Endrick, que bateu à direita: 2 a 2.
E o jogo ficou definitivamente equilibrado. Afinal, a Espanha, em casa, não aceitou o revés, e o Brasil, mais ligado, também procurou o jogo, num autêntico lá e cá. A Espanha, pressionada pela torcida, mostrava maior presença no campo adversário. Mas o Brasil saía em contra-ataques velozes, que só não eram precisos porque o time se equivocava no último passe. As mudanças prosseguiram, e a equipe local, na prática, procurava mais espaços, até que aos 39, Beraldo e Carvajal disputaram a bola, e o lateral espanhol cavou outro pênalti, também assinalado pelo árbitro. Rodri Hernández fez 3 a 2.
Aos 51, Dani Carbajal retribuiu, derrubando Galeno, em mais uma penalidade, convertida por Lucas Paquetá: 3 a 3. Deu para divertir e fazer observações. Mas o Brasil de Dorival Júnior segue invicto.
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