Roberto Assaf

Roberto Assaf: Camisa penta no chão. Brasil 3 a 2

Endrick celebra o gol jogando a camisa do Brasil no gramado. Foto: Aric Becker/AFP via Getty Images

A Seleção Brasileira lembra o antigo sucesso Two Thousand Light Years From Home, dos Rolling Stones. Dois mil anos-luz longe de casa. Tem pouca identificação com o torcedor. Venceu o México, um time fraquíssimo, por 3 a 2, no Texas, para preencher o vazio dos lobos solitários na noite de sábado. Endrick fez o gol da vitória e deu o exemplo: tirou a camisa cinco vezes campeã mundial e soltou no chão. Ninguém, ali, o repreendeu.

Diga a verdade. Você não sabia quem é Éderson, pelo menos até a bola rolar. Depois, a TV entregou. E quando o fez, o Brasil já vencia por 1 a 0, gol de Andreas Pereira logo aos cinco minutos, o que nos encheu de alegria, pois é a certeza de que o apoiador não regressará à pátria amada, ou seja, chance zero de jogar novamente no Flamengo.

Brasil começa bem. Mas…

O Brasil jogou razoavelmente até a metade do primeiro tempo, quando o México adiantou a marcação, e forçou uma quantidade vistosa de erros da zaga adversária, que não foram aproveitados – até então – porque os atacantes de Claudia Sheinbaum não priorizam a técnica. Pena, para eles, pois Alisson parecia inspirado para engolir um de seus frangos tradicionais.

Não ocorreram substituições no intervalo. O Brasil, sem muito esforço, voltou a controlar a partida, para fazer 2 a 0 aos nove minutos, com Gabriel Martinelli, completando jogada do bom lateral Yan Couto. As mudanças começaram. Mas o tempo foi passando. O time de Dorival Júnior deixou o México ficar com a bola, que rodou até diminuir aos 27, com Julian Quiñones: 2 a 1.

Endrick joga a camisa do Brasil no chão

O Brasil, com uma preguiça medonha, continuou empurrando o jogo para o adversário, que era intenso, mas não primava pelo acerto. Quase nos acréscimos, o grandalhão do Pumas, Guillermo Martinez, que acabar de entrar em capo, aproveitou escanteio e igualou: 2 a 2. Já além dos acréscimos, Endrick apanhou cruzamento de Vinicius Júnior e cabeceou à direita: 3 a 2. A dúvida é saber quem ainda estava acordado. Palmas para Ricardinho, o comentarista, que criticou, com elegância – pelo menos o fez – o procedimento do menino. Quarta tem mais.

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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