Flamengo ganhou o Fla-Flu  no limite
Flamengo ganhou o Fla-Flu  no limite - Foto: Marcelo Cortes /CRF

Flamengo ganhou o Fla-Flu  no limite – Marcelo Cortes /CRF

O Fluminense chutou na direção da meta de Rossi pela primeira vez aos 21 minutos do segundo tempo. E o Flamengo só conseguiu um mísero golzinho. De pênalti. Sem VAR. 1 a 0. Placar à altura da mediocridade exibida em campo. O Vitor Hugo entra. E o Gabriel fica no banco… O Tricolor, a partir de agora, fará campeonato para escapar do pior, e o Rubro-Negro, mais uma vez, só conseguiu ganhar no limite.

Aliás, alguém dirá: cara, você é maluco, o time lidera o Brasileiro! Ok, mas é preciso lembrar que isso é Flamengo, ou seja, a exigência será sempre a máxima, sem espaço para mediocridade. E lá vem mais uma segunda-feira de elogios a Tite e ao seu futebol burocrático, vazio de idéias, frágil em todos os sentidos, fatos agravados pelas ausências provocadas pela maldita Copa América.

Flamengo e Fluminense, pobreza

 O comentário da TV garantiu com meia hora de bola rolando que o Flamengo estava fazendo “uma partidaça”. É provável que fosse outro Fla-Flu, de alguma época passada, pois o que se via era um encontro de times efetivamente desfalcados, no qual um, o Tricolor, insistia em trocar passes desde a defesa, errando com freqüência, e o adversário, o Rubro-Negro, desperdiçava as oportunidades que surgiam em função da prática imposta por Fernando Diniz. Vários times na história – o Santos de Pelé, por exemplo, e isso faz 60 anos – repetiram a fórmula, e o problema do Fluminense não era pressão contrária, ou estratégia manjada, mas a ausência de craques capazes de empregá-la. E o Flamengo, devagar, quase parando, não conseguia sequer aproveitar as chances que os equívocos do rival ofereciam. “Partidaça” o time da Gávea fez, para ilustrar, contra o Grêmio, no Maracanã, na semifinal da Libertadores de 2019.

As vaias, no fim do primeiro tempo, não eram para a posse do Tricolor, mas para a pobreza total do jogo, que levou ao cochilo os que comeram uma feijoada no almoço, pendendo de suas bocas aquela baba bovina e elástica, da qual falava Nelson Rodrigues. A propósito, não seria surpresa se o grande autor, torcedor do clube das Laranjeiras, se vivo fosse, e que mal enxergava das tribunas, perguntasse ao companheiro. “Afinal, que jogo vimos agora?” O cidadão, a seu lado, permaneceria mundo. Finalizando: nos acréscimos, o simpático Ganso agarrou David Luiz na área, e o árbitro não foi sequer consultar o VAR. Fosse o contrário e assinalaria a falta. Depois vão dizer que o Flamengo “ganhou roubado”. Vida que segue.

E Gabigol no banco…

Mal a partida recomeçou e o Flamengo jogou fora outras oportunidades, pois o Fluminense, excessivamente recuado, parecia satisfeito com o resultado. Passados 10 minutos, a impressão era a de que o duelo seria resolvido assim: ou o Rubro-Negro conseguia a façanha de acertar a bola na rede contrária, ou tomava gol em contra-ataque vadio. A incompetência do Flamengo, e logo, da sua CT, era flagrante. O Tricolor trocou em três setores, para, quem sabe, ganhar velocidade na saída, e Tite, ora vejam, pôs Allan em campo… O que é Allan? E Gabriel, decisivo, no banco. Vitor Hugo em campo. O que é Vitor Hugo? E Gabriel no banco.

Aos 36, Calegari derrubou Bruno Henrique na área. Pênalti. Pedro bateu mal, mas fez: 1 a 0. Aos 42, Lima passou o sarrafo em Luiz Araújo. Não se tromba assim com um bonde. Lima – que acabara levar o amarelo – foi expulso. E não é que o professor Diniz também não levou o vermelho? Quarta-feira é barra pesada. Afinal, é o Juventude no interior gaúcho. Por acaso, a terra natal de Tite. Quem sabe ele não fica eternamente por lá?

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