Nas partidas contra equipes frágeis, o Rubro-Negro também cria e põe no lixo chances em penca, mas acaba, pelas circunstâncias, assinalando duas ou três vezes. Em clássicos, a dificuldade é enorme para fazê-lo. Hoje, sem exagero, pelo menos oito bolas para colocar na rede. O Flamengo venceu o Fluminense por 2 a 0. Ou seja, o confronto da semifinal do Estadual – apesar do placar – será efetivamente decidido na próxima partida.
O Flamengo começou triturando. Mas não marcava gol. Pelo contrário, desperdiçava várias oportunidades, todas de frente para a baliza, nas mãos do goleiro ou para fora. O habitual. Desnecessário descrevê-las. E o Fluminense, aliviado por não ter levado nenhum, tentava tirar a corda do pescoço e equilibrar o jogo. Mas continuou inferior, no plano geral, o que, na prática, deixava o duelo sem vantagem, pois se o Tricolor não ameaçava o adversário, não havia mudança no placar. Até que nos acréscimos, Erick Pulgar levantou com fita métrica para a cabeçada de Éverton Cebolinha: 1 a 0.
Restava saber quais providências Fernando Diniz poderia tomar no intervalo, pois seu time, positivamente, não correspondia. Quanto a Tite, não é possível que o banco não oferecesse substituto para Luiz Araújo, de mediocridade absurda.
A única mudança, no entanto, foi a troca de Diogo Barbosa por Marcelo. Curiosamente, os dois times foram obrigados a mexer por contusões, logo aos dois minutos, Ayrton Lucas por Viña e Ganso por Lima. E o recomeço ocorreu em ritmo mais lento, mas aberto, pois se o Flamengo não fazia força para ampliar, o Fluminense, sem opção, decidiu arriscar para buscar o empate. Na realidade, lá estava o Rubro-Negro ao melhor estilo Tite, recuado para liquidar nos contra-ataques, oferecendo espaço ao adversário.
Aos16, numa das raras saídas em velocidade, Thiago Santos passou o rodo em Éverton Cebolinha, e o árbitro, ora vejam, ainda recorreu ao VAR para expulsá-lo. Manoel entrou no lugar de Renato Augusto. O Tricolor pareceu momentaneamente perdido, e o Rubro-Negro voltou a criar e perder chances.
Aos 25, Luiz Araújo – ufa! – e Pulgar foram embora. Vieram Bruno Henrique e Igor Jesus. Novas oportunidades na lixeira. E o fato é que o placar continuava o mesmo. Aos 38, Diniz lançou Lelê para aproveitar – quem sabe – um das tentativas de ligar a defesa diretamente ao ataque. E lá veio ele, Vitor Hugo… Que quase marcou aos 45. Quase não adianta. Mas eis que vieram os acréscimos. Aos 46, Arrascaeta levantou para Pedro, também na cabeçada, meter 2 a 0. Sábado que vem tem mais.
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