Flamengo 3 a 0. É isso. As equipes entraram em campo em situações absolutamente distintas. Mas a distância entre ambos, no aspecto técnico, é inquestionável. Logo, o Flamengo precisava liquidar o Estadual hoje, pois terça-feira começa a batalhar pela Libertadores, e seria óbvio chegar na Colômbia com o título carioca na mão. E o Nova Iguaçu é o franco-atirador, que fez um campeonato excelente, e que obteve pelo menos o vice, o que, nas circunstâncias, já é uma façanha. Parece que 3 a 0 tira as possibilidades do quadro laranja reagir na partida da volta, mas o maior defeito do Flamengo – e isso faz tempo – continua: criar muitas chances, e com muita filigrana, desperdiçá-las.
O que mais impressionou, no começo, é que, ao contrário do que previram analistas, o Nova Iguaçu não abriu mão de atacar, e encontrava até espaço na retaguarda do Flamengo, que surpresa com o fato, mostrava alguma desarrumação. O Rubro-Negro também procurava o gol, mas abusava do preciosismo, o que deixava o jogo equilibrado. Aos 19 minutos, Xandinho calçou Ayrton Lucas na área, precipitadamente, e Pedro cobrou o pênalti à esquerda de Fabrício: 1 a 0. A equipe da Baixada não mostrou espanto. Continuou tentando tocar a bola, sem desespero, e o Flamengo manteve o desejo de ampliar, mas esbarrava na figura trágica de Luiz Araújo, um bonde capaz de irritar qualquer torcedor sensato.
Aos 32, Xandinho bateu forte e Rossi defendeu. Do outro lado, a propósito, o time da Gávea prosseguia com firulas em excesso, agredindo a objetividade. Havia sempre um drible a mais. Aos 45, Yan chutou de longe e o goleiro mandou para escanteio. Nos acréscimos, o goleiro argentino saiu caçando passarinho, e Sérgio Raphael errou o alvo na cabeçada. Logo depois, Pedro, em posição irregular, fez 2 a 0, mas o VAR, meia hora depois, anulou. O fato é que até ali o Flamengo não havia liquidado a decisão, o que era uma obrigação.
Não ocorreram mudanças no intervalo. Aos sete minutos, Luiz Araújo, sim, ele mesmo, lançou Èverton Cebolinha, que rolou para Pedro bater de primeira e fazer 2 a 0. Aos 18, começaram as mudanças, três no time laranja, e De La Cruz por Allan, ao melhor estilo Tite, que saiu dali direto para apadrinhar um casamento. O uruguaio toca a bola para frente, com precisão, e o seu substituto para os lados, sem qualquer inspiração. O clube gasta uma fortuna para vê-lo no banco. O segundo tempo chegou à metade, e o Flamengo dava show – de irritação – pois não liquidava a decisão. Aos 24, Yago arriscou de longe e Rossi mandou para escanteio. Seria injusto afirmar que o Nova Iguaçu não ameaçou.
Mais trocas. Dois volantes. Na cabeça do técnico, a prioridade é defender. Aos 31, Pedro tentou o balão em Ronald, e o apoiador, ao atrasar para Fabrício, fez contra: 3 a 0. Ficou nisso. E cá entre nós, o torcedor é um imbecil. Grita olé. O que importa é bola na rede e título. Faltou o quarto gol para carimbar a faixa. Esse time vai sofrer na Colômbia. O Tite, aliás, poderia ficar por lá. O técnico do Flamengo tem que ser alguém de afinidade com a Gávea.
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