Gerson leva a bola durante o jogo entre Flamengo e Bolívar. Foto: Marcelo Cortes /CRF

É de imaginar o que Tite – vestido de padrinho de noivado informal – e a sua CT farão de agora em diante no Flamengo. Reservas contra o Botafogo, domingo próximo, levará a uma provável derrota, e um jogo absolutamente defensivo em La Paz para segurar a vantagem que será desfeita antes do intervalo.

Na realidade, o Flamengo perdeu a chance de detonar estes professores no momento correto, a partir da queda diante do São Paulo, no Morumbi, e verá o ano de 2024 terminar dois meses antes do fim, o que já foi dito aqui em várias ocasiões. Contudo, é impressionante como as pessoas não conseguem notar a tragédia – que está na cara faz algum tempo – com antecedência.

O Bolivar integra o Grupo City e faz uma boa Libertadores. Mas, francamente, vencê-lo por 2 a 0 no Maracanã, diante do orçamento e da torcida que o Flamengo possui, é de uma pobreza singular.

Bolívar complica um Flamengo ansioso

Se alguém esperava que o Bolivar fizesse outro papel não é do ramo. É óbvio que o objetivo era cadenciar o jogo o máximo de tempo possível, com retranca, faltas táticas e reclamações freqüentes. O problema é que o time visitante também foi à frente, e deixou de marcar pelo menos em duas ocasiões no primeiro tempo, com Oviedo aos 20 minutos, e Fábio Gomes, aos 42. O treinador argentino Flávio Robatto deve ter observado, nos teipes, e fez ver, aos comandados, a fragilidade da retaguarda rubro-negra.

Que o Flamengo criaria mais oportunidades, na pressão, e porque é melhor sob o aspecto individual. é evidente. O problema é que, como sempre, não consegue aproveitá-las, e gol de Luiz Araújo, aos 28, em 45, foi uma dádiva, nas circunstâncias: jogadores com dificuldade para controlar a ansiedade e erros nas finalizações.

Leo Pereira amplia

A partida voltou igual para o segundo tempo. Mas a diferença é que o Flamengo entrou em desespero com menos de 10 minutos, ampliando a dificuldade para organizar as jogadas, enquanto o Bolivar, percebendo – não era tão complicado fazê-lo – o nervosismo da equipe carioca, buscava retardar o trabalho do Rubro-Negro com maior intensidade, provocando com cera e briguinhas fúteis, e parecia desde cedo que marcar mais vezes seria a cada momento mais improvável. Mas a coisa piorou porque o visitante desistiu de atacar, reforçando a retranca, e os recursos – legais ou não – para impedir mais gols.

Aos 40, Yomar Rocha mandou uma bola no travessão. Do Flamengo. Que escapou do empate. Era só o que faltava. Aos 45, Léo Pereira aproveitou um escanteio e fez 2 a 0. Tite, e a sua CT, são formidáveis. Francamente, seria mais sensato cancelar a viagem até La Paz. Enfim, o Flamengo não suportará o tranco em La Paz.

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