Roberto Assaf

Roberto Assaf: Três de dezembro de 1978. Quarenta e cinco anos depois

Futebol tem memória afetiva. E fica difícil para quem viveu o cotidiano do período 1978-1983 não elegê-lo como o maior time do Flamengo de todos os tempos. As razões são evidentes. Antes de tudo é necessário ressaltar que esse time tinha Zico. E foi campeão mundial. Isso talvez fosse suficiente. Mas é sabido que boa parte do grupo, prioritariamente formado na Gávea, isso é fundamental, seria negociada se o Flamengo não tivesse conquistado o Carioca de 1978, pois alguns dirigentes importantes alimentavam o conceito de que havia craques em penca, mas que eles não tinham lá muita sorte, porque também não conseguiam sequer conquistar turnos de campeonatos, como ocorrera de fato nos três anos anteriores.

Rondinelli faz o gol no jogo mais importante da hsitória do Flamengo – reprodução de TV

Logo, põe mais polêmica nisso, a vitória de 1 a 0 sobre o Vasco, com o gol de cabeça marcado por Rondinelli, será o jogo mais importante da história do Flamengo, levando-se em conta a grandeza do adversário como clube, a qualidade de sua equipe de então, as circunstâncias que cercam o feito, e a quantidade formidável de títulos que virá em seguida, no Rio, no Brasil e no exterior. No Japão, se você ainda não sabe, o Rubro-Negro, todo de branco, derrotou o mesmo Liverpool que ganhou quatro títulos da Europa entre 1977 e 1984, ou seja, a metade dos que disputou no período.

Rondinelli fez história

Na realidade, não há muito mais o que dizer sobre o fato, pois seria chover no molhado, ou seja, repetir várias vezes não só sobre o altíssimo nível do esquadrão, mas sobre a capacidade de liderança e seriedade do grupo, dentro e fora do campo, numa época em que o orçamento e os recursos – em todos os sentidos – de hoje praticamente inexistiam.

Só falta agora o clube lembrar a data. E fazer singela homenagem a Rondinelli, autor do gol que contribuiu, e muito, para mudar eternamente a história.

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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