Condenado em segunda instância por violência sexual pela justiça italiana, Robinho não conseguiu reverter a decisão de pena de nove anos de prisão. Entre as provas utilizadas contra o jogador, estão transcrições de conversas telefônicas. Em uma delas, divulgada nesta sexta-feira (11/12) pelo site ‘Uol’, Robinho diz para um amigo que aconselhou Ricardo Falco, outro condenado, a voltar para o Brasil para evitar ser preso.

Robinho com a camisa do Milan – Olivier Morin / AFP

Em um dos momentos, Robinho fala da conversa que teve com Falco. “Eu falei: ‘Cara, você quer um conselho? Não vai nem lá (depor), volta pro Brasil pelo menos tu não fica em cana’ (Risos)”.

Antes, Robinho usou termos depreciativos para comentar o momento do estupro coletivo: “Se os caras mandarem eu ir lá depor vai ser f…, vou falar o que pra minha nega? (…) Vou lá depor pra quê? Oito cara rangaram a mina (…). Ó que fase que eu tô”.

Na conversa com esse amigo não identificado, um ano após o crime, o site relata que Robinho se mostrou preocupado com a possível repercussão no Brasil do caso de estrupo coletivo de seus amigos – contra uma mulher de 23 anos em Milão, em 2013.

As conversas telefônicas foram autorizadas pela justiça italiana. E a transcrição obtida pelo ‘Uol’ faz parte de relatório anexado ao processo, feito pelo tradutor juramentado Adriano Lellis Gaiotto, contratado pelos advogados do jogador. O objetivo era mostrar que houve erro na tradução da língua portuguesa para a italiana, numa tentativa de impedir a condenação de Robinho.

Além de Robinho e Falco, quatro amigos estariam envolvidos no crime, mas não foram processados por já estarem no Brasil durante o inquérito. Segundo depoimento da vítima, ela estava bêbada quando foi submetida à força a manter relações sexuais com o jogador e mais cinco homens. Apesar da decisão da última quinta-feira, a defesa de Robinho vai recorrer.

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