Dois meses depois de virar alvo de investigação do Ministério Público por assédio moral e sexual contra uma ex-funcionária da CBF, Rogério caboclo, presidente afastado da entidade, volta a ser acusado novamente pelos mesmos motivos. De acordo com informações obtidas pelo site ‘GloboEsporte’, a CBF recebeu uma denúncia de assédio moral e sexual, envolvendo episódios de violência física e psicológica, por parte de outra vítima, que trabalhou na entidade entre 2017 e 2019.
Rogério Caboclo é afastado por 60 dias e acusa diretoria da CBF de ‘golpe’
Um documento de seis páginas, acompanhado de uma notificação extrajudicial por parte da Justiça do Trabalho, foi entregue na quarta-feira passada à CBF. Nele está o relato da vítima, que narra alguns episódios de assédio protagonizados por Rogério Caboclo. O caso foi encaminhado para a Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, que já abriu uma nova investigação. Os advogados de defesa do dirigente negam as novas acusações.
Em um trecho do documento, a vítima diz que Rogério Caboclo a assediava durante jantares profissionais, reuniões, apelando para abraços e pedidos de beijos forçados. Em 2018, a vítima narra que foi ao apartamento de Caboclo para uma reunião profissional e que sofreu violência física.
‘Ele forçou a mão entre as minhas pernas’
“Quando chego em sua casa, com meu computador ele tranca a porta, me oferece vinho, digo que não (…) Aí então ele saiu, foi para outro lado do apartamento dele. Quando ele voltou com o que me parecia shorts de banho, ele tentou me beijar, puxou meu cabelo para trás com muita força, e tentou me beijar novamente. Eu pedi para ele parar e ele não parou”, relata a vítima.
“Ele então me pegou pelo pescoço contra parede e forçou a mão entre as minhas pernas, tentando ao mesmo tempo enfiar a mão dentro da minha calcinha. Tentei revidar empurrando com o cotovelo e ele fez mais força no meu pescoço. Ele me largou por sorte, a comida que ele havia pedido chegou”, completou.
A vítima segue em seu relato afirmando que logo em seguida chegou ao apartamento o então secretário-geral da CBF, Walter Feldman, que participaria do encontro profissional. Ela relatou o episódio a Feldman, que teria ignorado a gravidade da situação. “Entenda, todo gênio é um pouco louco”, disse Feldman de acordo com a versão da vítima.
No próximo dia 25, uma Assembleia Geral da CBF será realizada com a presença dos 27 presidentes de federações. Este encontro será decisivo para o futuro de Caboclo, que corre o risco de ser afastado definitivamente da CBF, que no momento tem como presidente temporário Antonio Carlos Nunes.
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