O Real Madrid vive um processo contrário ao da última década, quando tinha jogadores espanhóis em quase todas as posições. Neste momento, o clube flerta com a saída de quatro nomes (Sergio Ramos, Vázquez, Isco e Mariano). Ou seja, em 2021-2022, os Merengues podem iniciar a temporada com apenas quatro nativos (Carvajal, Asensio, Nacho e Odriozola). Sabe o que isso significa? O descumprimento do coeficiente mínimo de jogadores inscritos na federação do país (8), algo que levaria a Uefa a proibir a participação do maior campeão europeu na próxima Champions League.

Nos últimos dois anos, o clube encheu o elenco com jogadores estrangeiros: Hazard, Jovic, Mendy, Éder Militão, Rodrygo, Reinier, Kubo e Areola. Reforços que custaram, no total, 330 milhões de euros aos cofres do clube. Sem contar que o Real Madrid ainda mira mais dois forasteiros: o francês Mbappé, do Paris Saint-Germain (FRA) e o norueguês Haaland, do Borussia Dortmund (ALE).

Com contrato no fim, saída de Ramos deixaria o Real Madrid ainda menos espanhol – Antonio Villalba / Real Madrid

Entre os espanhóis, o clube se desfez de três jogadores revelados em suas próprias categorias de base: Brahim, cedido ao Milan (ITA), Borja Mayoral, à Roma (ITA), e Ceballos, ao Arsenal (ING). Todos por empréstimo. São jogadores que podem minimizar o risco da ameaça da Uefa, embora o segundo nome ainda tenha, por cláusula, mais uma temporada a cumprir na Itália.

A “desespanholização” do Real Madrid já teve efeitos sobre a seleção. Na rodada passada, com a lesão de Sergio Ramos, pela primeira vez em quase seis anos, a Fúria foi a campo sem nenhum representante dos Merengues.

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