Se no ano passado a relação entre São Paulo e Palmeiras era de amizade, em 2024 o clima está menos gentil entre as duas equipes. O Choque-Rei neste domingo (03), no Morumbis, que acabou empatado em 1 a 1, terminou com diversas polêmicas, brigas e o rompimento do relacionamento entre as duas diretorias.

Toda esta história começou no início de 2023. Em um ato de reciprocidade (palavra importante nesta novela), as diretorias de São Paulo e Palmeiras decidiram emprestar seus estádios um ao outro para jogos de suas equipes. O objetivo era dar um passo importante para que os clássicos em São Paulo voltassem a ter torcedores visitantes nas arquibancadas.

São Paulo e Palmeiras rompem ligações após último clássico – Foto: Guilherme Veiga e Jhony Inácio/Ag. Paulistão

Na ocasião, o Palmeiras atuou no Morumbis contra o Santos, pelo Paulistão, e contra o San Lorenzo, pela Libertadores. Por outro lado, o São Paulo jogou no Allianz Parque contra o Água Santa, pelas quartas de final do Estadual. Estas partidas aconteceram no primeiro semestre de 2023.

Além disso, os presidentes Júlio Casares e Leila Pereira mantiveram uma relação mais próxima. Os dois costumam estar juntos em reuniões que envolvem as duas equipes.

Relação de São Paulo e Palmeiras muda em 2024

Contudo, a relação entre São Paulo e Palmeiras ficou bastante estremecida na virada do ano. Tudo começou nas negociações por Caio Paulista. O jogador tinha um acordo com o Tricolor Paulista, onde se destacou em 2023. O atleta estava em fim de empréstimo com o clube do Morumbi, e dirigentes tricolores já tinham dado declarações públicas de que ele seria contratado em definitivo.

Entretanto, o Palmeiras apareceu no meio das negociações com uma proposta melhor e conseguiu convencer Caio Paulista a ”pular o muro”. A saída do jogador ainda criou problemas em sequência no elenco tricolor. A diretoria até hoje não conseguiu repor a saída do lateral. Este foi o começo do estopim entre as duas equipes.

Diretorias de São Paulo e Palmeiras entram em rota de colisão – Foto: Van Campos/Ag.Paulistão

Em fevereiro, as duas equipes se enfrentaram pela Supercopa Rei do Brasil, vencida pelo São Paulo nos pênaltis. Após a partida, o Tricolor ironizou o gramado do Allianz Parque que está interditado. Além disso, Calleri disse que saberia que venceria o título se enfrentasse o Verdão na decisão.

Choque-Rei no Morumbis encerra ‘ciclo de amizade’

O clássico deste domingo encerrou qualquer tipo de relacionamento entre São Paulo e Palmeiras. Revoltado com a arbitragem, o Tricolor reclamou de Matheus Delgado Candançan, responsável pelo apito no Choque-Rei. O presidente Júlio Casares disparou contra o técnico do Verdão, ao dizer que “precisam parar de deixar o Abel apitar os jogos”.

Após a partida, os  são-paulinos impediram que a entrevista do técnico visitante fosse realizada na sala de imprensa principal do estádio mesmo com o banner dos patrocinadores palmeirenses já instalados. A justificativa oficial foi a adoção de um mecanismo de reciprocidade que recebe no Allianz Parque.

Por sua vez, o Palmeiras disse inicialmente que não havia sido informado do uso da zona mista e, depois, não deixaria o seu técnico em pé por cerca de 45 minutos para responder às perguntas, em meio à saída dos jogadores. Além disso, o Verdão informou que notificou a Federação Paulista de Futebol sobre o ocorrido.

O fato é que a relação entre as duas equipes não tem mais clima para ser amigável. Os clubes têm a chance de se enfrentar em uma possível semifinal ou final de Estadual, além de já ter um compromisso marcado para o mês de abril, pelo Campeonato Brasileiro. Entretanto, é que o próximo Choque-Rei, independente da competição, será de uma rivalidade maior do que a que já existe, entre São Paulo e Palmeiras.

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