São Paulo mostra equilíbrio mental para avançar na Copa do Brasil

O torcedor do São Paulo, que se ajeitou para assistir a equipe jogar por uma vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil, viu o time sofrer um gol com 30 segundos de partida, mas sabia muito bem a dificuldade que poderia vir no restante do embate. Muito pelo histórico de vexames recentes e por aquilo que a equipe vinha apresentando nos últimos jogos, não sendo a mesma que conquistou o título do Estadual há algumas semanas

Um gol logo no início da partida, em anos anteriores, significaria uma classificação suada ou mais uma eliminação para a história do clube. E esse é o ponto fundamental que Hernán Crespo conseguiu mudar nos jogadores no decorrer da temporada. Um São Paulo que, mesmo com o placar adverso, não se abala e mantém o planejamento para a partida. O suficiente não só para garantir a classificação, mas para apresentar um bom futebol para seu torcedor mais pessimista.

O time não perdeu o foco em nenhum momento da partida, quando precisava de dois gols para levar a disputa para os pênaltis ou três tentos para avançar direto. Nenhum jogador explodiu com a arbitragem ou com o adversário por conta de uma falta ou de uma marcação errada do juiz. Os atletas fizeram o que foi planejado por Hernán Crespo do início ao fim e sem tirar o pé do acelerador.

É claro que deve ser levado em consideração o nível técnico do 4 de Julho, equipe da Série D do Campeonato Brasileiro, mas uma goleada na qual a equipe marca nove gols, deixa não só a equipe aliviada, mas tira o peso de jogadores que precisavam de boas atuações para ganhar confiança na temporada, como o atacante Pablo, que marcou 3 vezes na partida.

Entretanto, o mais importante para o São Paulo na partida foi espantar o fantasma de vexames que acompanha o clube nos últimos anos, já que a equipe avançou para as oitavas de final da Copa do Brasil e da Libertadores. Mais do que isso, a mentalidade vencedora que Crespo conseguiu implementar nos jogadores para conseguir inverter uma situação adversa foi algo que nem o psicólogo Fernando Diniz conseguiu fazer nos atletas do Tricolor.