Depois de priorizar o Estadual e poupar seus titulares na Libertadores, o principal objetivo dos comandados de Hernán Crespo foi concluído. O São Paulo é finalista do Campeonato Paulista com todos os méritos dentro de campo. No último domingo (16), o Tricolor não só goleou o Mirassol por 4 a 0 no Morumbi, mas espantou um fantasma que o assombrava desde o ano passado: ser eliminado pela mesma equipe, na mesma competição, de uma forma extremamente desastrosa.

Benítez segue sendo o principal jogador do São Paulo no Paulistão – Rubens Chiri/São Paulo FC

Um São Paulo que chega confiante e motivado para encerrar o jejum de quase nove anos sem títulos. A intensidade colocada pelos jogadores durante os 90 minutos, mesmo com quatro gols de diferença no placar, é a marca registrada de Crespo nos três meses de trabalho no Morumbi. Isso fica nítido dentro de campo. São 14 jogos sem derrotas, com 41 gols na temporada e com apenas 12 sofridos. Nos mata-matas do Paulista, fez oito gols em duas partidas, em um intervalo de 48 horas.

Se no primeiro tempo, o São Paulo finalizou muitas vezes no gol de Alex Muralha para fazer apenas um gol aos 45 minutos da etapa inicial, no segundo tempo, o Tricolor Paulista aproveitou muito bem as brechas dadas pelo Mirassol, para matar o jogo quando surgiu a oportunidade, com passes verticais e longos, sempre em direção ao gol. Tudo isso na tutela de Benítez. O camisa 8 da equipe segue ditando o ritmo do jogo, acelera e desacelera a partida quando quer e segue distribuindo assistências como um legítimo garçom na hora de “happy hour”.

Até mesmo o grande sofrimento da temporada passada foi corrigido nas mãos do treinador argentino: a defesa. Se em 2020 o São Paulo era um time que marcava muitos gols mas sofria também, em 2021, a formação com três zagueiros consolidada é fundamental para dar liberdade e intensidade ao ataque Tricolor. E tudo se passa pela confiança e classe de Miranda, que, no auge dos seus 36 anos, ainda da aula de como ser um defensor.

Agora, o São Paulo tem um duelo que ainda não teve nessa temporada. Enfrentar um Palmeiras já consolidado, campeão da América e em sua casa com todos os seus titulares. Na fase de grupos do Paulistão, o treinador Abel Ferreira mandou a campo um time reserva no Choque-Rei e foi derrotado pelo Tricolor por 1 a 0, Uma opção do português por toda a fase de classificação do Paulista. Agora, o Alviverde, já classificado na Libertadores, deve jogar com sua força máxima na decisão e ser uma verdadeira pedra no sapato, mas também o grande adversário, talvez o embate ideal para que o Soberano volte a ser Soberano.

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