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A Arábia Saudita não chega à Copa do Mundo com grandes credenciais. Mas a esperança do país reside na sua maior estrela, que não é nenhum jogador. Se trata do técnico francês Hervé Renard, cujo currículo é o mais vencedor da seleção. Afinal, ele ganhou dois títulos continentais, a Copa da África de 2012 e 2015. É com ele que os verdes buscam surpreender neste Mundial.

Renard tem uma reputação importante no futebol africano. Há dez anos, ele surpreendeu o continente ao levar a Zâmbia a um título inédito na Copa das Nações Africanas. Algum tempo depois, conseguiu repetir a dose com a Costa do Marfim. Ademais, classificou o Marrocos à Copa do Mundo de 2018. O desafio na Arábia Saudita é o primeiro do técnico na Ásia e foi abraçado a longo prazo.

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Arábia Saudita confia no seu técnico para tentar surpreender gigantes – Khaled Desouki/AFP

O treinador assinou com a federação saudita em 2019. Nas Eliminatórias, ele levou o país a uma classificação relativamente tranquila para o Qatar. Mas, na fase de grupos do Mundial, a chave ao lado de Argentina, Polônia e México parece um desafio complicado a superar.

“Parece que já nos conhecemos há anos, aqui na seleção. Mas o futebol é assim: quando você ganha, tudo são rosas. Só que devemos estar preparados para enfrentar testes mais difíceis porque é fácil perder uma série de jogos. Também por isso, devemos ser fortes mentalmente”, afirma Renard.

Preparação é a mais longa da Copa

Nenhum participante da Copa do Mundo teve tanto tempo de preparação para quando a bola rolasse. O Campeonato Saudita foi paralisado em setembro, por ordem do governo, para que o time se preparasse melhor. Como todos os 26 jogadores atuam no próprio país, a concentração durou nada menos que dois meses.

O técnico conta com o aparente prestígio da cúpula saudita, conhecida por não terem muita paciência com maus resultados. Afinal, o brasileiro Carlos Alberto Parreira não resistiu a duas derrotas na Copa de 1998 e foi demitido antes mesmo do fim da participação da Arábia Saudita. A estreia, nesta terça-feira (22), contra a Argentina de Messi, é uma pedreira, mas Renard acredita numa zebra histórica:

“Não existem limites no futebol. Você deve correr atrás do seu próprio destino, deixar tudo em campo, se preparar da melhor maneira possível e eliminar os erros. Se você faz tudo isso, então por que não sonhar?”

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