A Seleção Brasileira conquistou em grande estilo a medalha de ouro nos Jogos de Tóquio. Na manhã deste sábado, no Estádio Internacional de Yokohama, derrotou a Espanha por 2 a 1, na prorrogação, após 1 a 1 no tempo normal. Matheus Cunha fez para o Brasil no fim do primeiro tempo. Oyarzabal empatou. Na prorrogação, Malcom fez o gol do bi. No primeiro tempo, Richarlison isolou um pênalti.
Esta foi a segunda medalha dourada do Brasil, que ganhou na Rio-2016 e festeja o bicampeonato. Os canarinhos também somam duas pratas (1984, 1988 e 2012) e dois bronzes (1996 e 2008). A Espanha tentava o bi (ganhou em 1992).
O triunfo brasileiro coroa o dia de maior glória do Brasil em Olímpiadas. Pela primeira vez o país ganhou três ouros num mesmo dia: além do futebol, no boxe com Hebert Conceição e na canoagem com Isaquias Queiroz. Até o momento os brasileiros somam sete ouros, quatro pratas e oito bronzes. Já é a maior campanha da história.
Primeiro tempo
As seleções mostraram futebol de alto nível, com a Espanha (com seis jogadores que estiveram na Eurocopa com a seleção principal) um pouco melhor no início, mas o Brasil conseguindo se impor em jogadas pelos dois flancos, um pouco mais pela direita com Daniel Alves e Antony, mas criando um perigo maior nas chegadas pelo fundo de Arana. A grande chance da Espanha foi num erro do Brasil. Após cruzamento pela direita, Diego Carlos se confundiu na jogada e quase marcou contra, mas conseguiu se recuperar e salvar quase em cima da linha.
Aos 37, o Brasil teve uma grande chance. Após bola levantada por Claudinho numa cobrança de falta, o goleiro Unai Simón errou o tempo da bola e acertou Matheus Cunha. O VAR confirmou a penalidade. Richarlison cobrou mal, por cima, isolando. Porém, o Brasil era melhor e chegou ao gol no último ataque do primeiro tempo, quando, após cruzamento de Claudinho pela esquerda e esforço de Daniel Alves para evitar que a bola saísse pela direita, Matheus Cunha fez ótima jogada e um belo gol.
Segundo tempo
O Brasil voltou ainda melhor, sufocando a Espanha na defesa, principalmente em jogadas pela esquerda com Arana e teve um gol anulado por impedimento. Richarlison, após grande jogada coletiva em contra-ataque, mandou no travessão, mas a Espanha não deixou de buscar o ataque e chegou ao empate aos 17. Soler (que entrara no intervalo) cruzou , Oyarzabal aproveitou um descuido de Daniel Alves na marcação e pegou de primeira para fazer um belo gol: 1 a 1. O Brasil sentiu e passou a ser dominado, com a Espanha com maior posse de bola, empurrando a Seleção Brasileira para a defesa e mandando duas bolas na trave de Santos, com Soler e Bryan Gil.
Prorrogação
Com Malcom no lugar de Matheus Cunha, o Brasil começou em cima, pressionando e sempre jogando bolas na área da Espanha, sufocando o rival, mas não encontrando espaços para finalizar. No segundo tempo, um lançamento de Antony em contra-ataque encontrou Malcom pela esquerda. O atacante ganhou na corrida e saiu na saída de Simón. Brasil 2 a 1. Bicampeão olímpico e festa geral, principalmente para o veterano Daniel Alves, o jogador com mais títulos na história do futebol, que ganhou mais um caneco (número 42 ) para a sua sala de troféus
BRASIL 2X1 ESPANHA (tempo normal 1 a 1)
Data e horário: 7/8/2021 – Final do futebol masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio
Local: Yokohama Internacional, em Yokohama (JAP)
Brasil: Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho (Reinier, no intervalo da prorrogação); Antony (Gabriel Menino, aos 6′ do 2ºT da prorrogação), Matheus Cunha (Malcom, no início da prorrogação) e Richarlison (Paulinho, aos 6′ do 2ºT da prorrogação). Técnico: André Jardine.
Espanha: Unai Simón; Oscar Gil (Vallejo, no início da prorrogação), Eric García, Pau Torres e Cucurella (Miranda, no início da prorrogação); Zubimendi (Moncayola, aos 6′ do 2ºT da prorrogação), Merino (Soler, no Intervalo) e Pedri; Asensio (Brian Gil, no Intervalo), Olmo e Oyarzabal (Rafa ir, aos 13′ do 1ºT da prorrogação). Técnico: Luis de La Fuente.
Gol: Matheus Cunha, 46′ do 1ºT (1-0); Oyarzabal, aos 14′ do 2ºT (1-1). Malcom, aos 2′ do 2ºt da prorrogação (2-1)
Árbitro: Chris Beath (AUS)
Auxiliares: Anton Shchetinin (AUS) e George Lakrindis (AUS)
VAR: Abdulla Al-Marri (QAT)
Cartões amarelos: Richarlison, Arana, Matheus Cunha, Douglas Luiz (BRA); Eric García (ESP)
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