No fim da partida em que o Brasil perdeu para o Canadá na cobrança de pênaltis após 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, sendo eliminado nas quartas de final dos Jogos de Tóquio, todo o grupo se reuniu no centro do campo. Marta fez um discurso para as suas companheiras, que choravam com a eliminação após um duelo em que o Brasil foi ligeiramente melhor, mas não fez um bom jogo.  Na entrevista ao SporTV após o jogo, a  Melhor da História disse que não sabe se irá se aposentar da Seleção e pediu que as jogadoras da nova geração não sejam crucificadas por não conseguirem a vaga à semifinal.

Marta não conseguiu levar o Brasil às semifinais dos Jogos Olímpicos de Tóquio – Sam Robles/CBF

“Não sei (se vou parar). É difícil dar uma resposta agora, com a cabeça a mil. Mas o que posso dizer é que não apontem o dedo para as meninas mais novas. Elas não podem pagar pela desclassificação.  Fizemos o que estava a nosso alcance e o que faltou foi a bola entrar. Se querem apontar o dedo para alguém, que apontem para mim, que já estou acostumada. Mas o trabalho vai continuar, com ou sem a Marta”.

Sobre o seu discurso, Marta disse que comentou sobre a importância de Formiga, veterana de 43 anos que deixa a Seleção após os Jogos.

“Me dirigi para a Formiga, ao ver mais uma vez a emoção dela em lutar por uma medalha. Uma pessoa que é inspiração para todas as meninas e que poderia ter um final mais feliz. É uma guerreira e nos orgulhou demais jogar mais uma vez com ela”.

Sobre a partida, Marta disse que o Brasil merecia melhor sorte, pois foi melhor em campo. E que ela estava triste em ver uma equipe tão qualificada cair nas quartas de final:

“Tem dias que as coisas não funcionam, senti que começamos bem e quase abrimos o placar, faltou um pouco de paciência no ataque. Houve algumas situações que poderíamos ter aproveitado, chances na prorrogação, elas estavam mais cansadas do que nós. Mas é futebol. Nem sempre o melhor ganha”.

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