Vasco

Sem inspiração, Vasco abusa dos cruzamentos e escancara velho problema

O Vasco visitou o Coritiba e ficou no empate por 1 a 1, em duelo pela quinta rodada da Série A. Na teoria, somar um ponto fora de casa pode ser positivo, mas a atuação da equipe carioca foi de pouquíssima inspiração. Principalmente pela frequente dificuldade em propor o jogo, quando o adversário recuou. Além disso, os erros na saída de bola e a baixa qualidade técnica na parte ofensiva impediram o Cruz-Maltino de conseguir a virada mesmo em um cenário favorável.

Aliás, o time de São Januário voltou a sofrer gol nos minutos finais do primeiro tempo, fato que causa preocupação. No Brasileirão, tal cenário já ocorreu nas partidas contra Atlético, Palmeiras e Bahia, respectivamente. O Jogada10 preparou uma análise especial sobre os motivos de mais um empate frustrante (o terceiro em cinco jogos) na competição.

Posse de bola ineficiente do Vasco

O Coritiba, último colocado na tabela, entregou a bola para o Vasco e posicionou sua equipe de modo defensivo no primeiro tempo. Os cariocas, então, tiveram quase 58% de posse e começaram melhor no jogo. Contudo, no decorrer dos 45 minutos, o time de Maurício Barbieri acumulou erros, principalmente na saída de bola com Andrey e Rodrigo, que não tiveram boa atuação.

Andrey errou esse passe na saída de bola, e o Coxa pegou a zaga toda desorganizada – Reprodução

Assim, o meio de campo não funcionou e, consequentemente, a bola não chegava no setor ofensivo. Alex Teixeira e Pedro Raul tiveram participações muito discretas, enquanto Pec apareceu mais ajudando defensivamente. Nos momentos em que conseguia criar jogadas, o Vasco pecava nas tomadas de decisão. Aliás, o Cruz-Maltino chutou apenas três vezes no primeiro tempo, segundo o site ‘Footstats’.

E a única finalização realmente certa foi uma cabeçada de Puma Rodríguez na entrada da área, após cobrança de escanteio, logo aos três minutos. Além disso, Pedro Raul até teve ótima oportunidade, mas foi marcado impedimento no lance. Simultaneamente, o Coxa conseguiu levar perigo ao gol dos cariocas quatro vezes, mesmo com uma posse de bola inferior, e parou em Léo Jardim.

Erro coletivo do Vasco no gol do Coxa começa com o espaço cedido no lado esquerdo da defesa – Reprodução

Na reta final do primeiro tempo, o Vasco errou de forma coletiva na marcação. Andrey não fez a recomposição pelo lado esquerdo, o que desencadeou espaços para o Coxa. Em seguida, Piton não evitou o passe no fundo e Léo precisou deixar a zaga para fazer a cobertura na lateral. Após cruzamento rasteiro, Zé Roberto se antecipou a Robson e abriu o placar aos 48 minutos.

Melhora de rendimento no segundo tempo

O técnico vascaíno sacou Andrey e Rodrigo no intervalo, já que os dois não conseguiram auxiliar na marcação e nem na criação de oportunidades ofensivas. Galarza e Figueiredo foram os substitutos escolhidos, aumentando a intensidade da equipe. Após a partida, Barbieri explicou com detalhes o que desejava, sobretudo, com a entrada do segundo.

“Tiramos dois volantes e acabamos colocando um homem aberto. Começou com o Figueiredo fazendo essa função, tentou abrir um pouco mais a defesa do Coritiba. A gente sabia que eles iam se retrair bastante. No primeiro tempo foi um jogo mais igual, mas muito em função deles estarem vencendo muito as segundas bolas e não por domínio. A gente tentou ocupar mais os espaços, circular mais a bola para gerar mais desequilíbrio na última linha deles”, esclareceu o técnico.

Em lance individual, raro na atuação do Vasco, Orellano escapou da primeira marcação, criando espaço com a saída dos adversários para tentarem desarmá-lo, e logo em seguida o time chegou ao gol – Reprodução

A parceria entre Figueiredo e Piton deu origem a algumas investidas ao campo ofensivo, se estendendo por todo o segundo tempo. O time ganhou mais velocidade com as substituições, mas seguia com dificuldades para penetrar na defesa. No total, foram 29 cruzamentos na área, mais do que o dobro que o rival, e a ampla maioria sem qualquer efetividade. Na verdade, foi o Coritiba que ficou mais próximo de marcar o segundo nos contragolpes, aproveitando erros do Vasco. Tanto que Galarza chegou a salvar uma bola em cima da linha.

No entanto, a equipe carioca conquistou o empate, aos 34 minutos, após as entradas de Orellano e Erick Marcus. O argentino fez boa jogada individual, raridade até então, driblou a marcação e tocou para Galarza cruzar na área. Então, Erick Marcus apareceu na segunda trave, concluiu a sobra pelo alto e marcou para o Vasco. Uma jogada inteira de três atletas que saíram do banco de reservas.

Nos minutos finais, a equipe de Barberi ainda tentou pressionar, criou duas chances para virar o jogo, mas não foi eficiente o bastante.

Números da partida mostram um Vasco dominante, mas sem eficiência – Reprodução/Footstats

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Carlos Berbert

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