A lesão de Sadio Mané, principal estrela de Senegal, caiu como uma bomba nas pretensões do país de chegar longe na Copa do Mundo. Com uma lesão no joelho direito, o atacante do Bayern de Munique terá que ser operado e não terá condições de atuar no Qatar. Assim, os Leões de Teranga tentam superar isso confiando nas boas vibrações de uma geração que levou o país mais longe do que nunca, há 20 anos.
Em 2002, Senegal era estreante em Copas, mas tinha uma geração talentosa. Após o vice na Copa Africana de Nações, o time chegou à Coreia do Sul como zebra. Mesmo assim, venceu a então campeã mundial, França, e chegou às quartas de final. No time, um dos destaques era o volante e capitão Aliou Cissé. Atualmente, ele é o técnico da seleção e líder de um processo que conta com outras estrelas daquele time.
Zagueiro naquela campanha, e companheiro de Cissé, Lamine Diatta é hoje o coordenador técnico senegalês. Juntos, os dois estiveram em quase todos os jogos do time naquele Mundial. Ambos ainda ganham a companhia do preparador de goleiros Tony Sylva, que era o titular da meta senegalesa na histórica campanha de 2002.
“No Senegal, havia fã-clubes de um ou outro jogador. Um do El-Hadji Diouf (destaque do time naquela Copa), outro do Cissé… Hoje, as pessoas torcem pela seleção como um todo. Nossos jogadores vestem a camisa da seleção e têm orgulho em serem senegaleses e africanos. Essa mentalidade foi o que mais mudou de 2002 para cá”, diz Cissé, em entrevista ao ‘The New York Times’.
Seleção decidiu não substituir Mané
Embora a lesão de Mané tenha acontecido antes da véspera da estreia de Senegal na Copa, a seleção decidiu não convocar um substituto para o atacante. A confiança, portanto, é no coletivo. Ou seja, a comissão técnica confia que as outras peças do time, sobretudo as de ataque, poderão suprir a falta de sua principal estrela.
Ismaila Sarr, do Watford, da Inglaterra, surge como uma das principais referências. Parte do time campeão africano no ano passado, o ponta de 24 anos desponta como uma das maiores esperanças. Já Famara Diédhiou é centroavante e joga no Alanyaspor, da Turquia.
Mas a experiência do time reside no meio-campo. Kouyaté, do Nottingham Forest, e Gueye, do Everton, são os jogadores com mais atuações entre os convocados de Senegal. Com quase 100 jogos cada um, os volantes estiveram na Rússia, há quatro anos, e agora têm a missão de classificar o país ao mata-mata a partir desta segunda-feira (21), quando estreiam diante da Holanda.
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