Poucos dias após a conquista do tri da Libertadores, o gerente de futebol do Palmeiras, Cícero Souza, em entrevista à coluna, garantiu que o Alviverde chegaria ao Mundial de Clubes melhor preparado em comparação com a edição passada. O clube enviou aos Emirados Árabes, ainda em dezembro, dois profissionais para realizarem a visita técnica aos alojamentos, campos de treinamento e estádios em Abu Dhabi.
Na última quarta (2), porém, a delegação alviverde embarcou sem Piquerez e Gabriel Veron, que seguem em isolamento após testarem positivo para a Covid-19 – ambos estão sendo monitorados diariamente. A média de recuperação para vacinados prevê, ainda, mais quatro dias. Em caso de teste negativo nos próximos dias, o clube tem até 6 de fevereiro – data limite estipulada pela Fifa – para inscrever um jogador. A estreia alviverde está marcada para o dia 8.
A grande possibilidade de não contar com o uruguaio na lateral esquerda levou a comissão técnica a estudar alternativas. De todas possíveis, a que menos afetaria a estrutura de jogo de Abel Ferreira seria escalar um zagueiro na posição.
A opção mais viável seria colocar um atleta para jogar de modo mais defensivo naquele setor para auxiliar na saída de bola, enquanto a incumbência pela ofensividade na esquerda ficaria a cargo de Gustavo Scarpa. Na decisão da Libertadores, contra o Flamengo, Piquerez cumpriu a maior parte do tempo a função de terceiro zagueiro, apesar de alguns avanços.
Com isso, deve sobrar para Renan ou Murilo a missão de substituir o uruguaio. Enquanto o primeiro é canhoto e, apesar da pouca idade, acumula boas atuações, o segundo chegou ao clube justamente com as credenciais de jogar pelo lado esquerdo, mesmo destro.
Jorge seria, naturalmente, o substituto imediato por ser lateral-esquerdo. Contudo, ele não vem se mostrando muito confiável na recomposição do sistema defensivo, o que provavelmente obrigaria um dos volantes a ter de se desdobrar para cobrir o espaço em suas costas.
Com o conservadorismo já conhecido de Abel aliado ao zelo no planejamento do clube para o torneio, a tendência é a de que o lado esquerdo faça a diferença – para o bem ou para o mal – no primeiro jogo do Palmeiras no Mundial.
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