Um time abandonado à própria sorte. Assim podemos classificar a atual situação do União da Madeira, que neste domingo não foi a campo enfrentar o Merelinense, em jogo válido pela Quarta Divisão do Campeonato Português, por não ter uniforme e nem uma comissão técnica completa que cumprisse os requisitos obrigatórios para que a partida fosse realizada. Detalhe: o jogo seria no próprio estádio do União, em Funchal, na Ilha da Madeira.

“Nos apresentamos com vontade de disputar o jogo diante do Merelinense, a verdade é que não nos deram as condições para que isso acontecesse, não nos deram os equipamentos, nem tínhamos ninguém disponível para fazer a ficha de jogo”, afirmou o goleiro André Lima em entrevista à agência de notícias Lusa.

Jogadores do Merelinense aguardaram uma hora em campo, mas o União não apareceu – Reprodução de vídeo

André, destacado como uma espécie de porta-voz do grupo, revelou a situação precária que o grupo, composto por 22 atletas, tem vivido, após a demissão da direção da sociedade anônima que dirige o clube.

“Nos sentimos abandonados. Estamos completamente à deriva, não temos ninguém com quem falar, com quem esclarecer as dúvidas que temos dentro do clube. É uma situação triste”, disse o goleiro, revelando que os jogadores só receberam o primeiro salário após o início do campeonato, tendo dois em atraso.

Queijo, presunto, biscoito e água nas refeições

Como o União fica na Ilha da Madeira, as viagens ao continente para disputar as partidas fora de casa são marcadas pelas longas distâncias percorridas. Em dia de jogo, a alimentação era precária. André Lima diz que os jogadores comiam apenas queijo, presunto, biscoito e água, que eram fornecidos pelo pai de um atleta que mora no continente.

André Lima recordou ainda que os treinos aconteciam com bolas trazidas de casa pelos próprios jogadores, admitindo que nesta altura não existem condições para continuar a disputar o campeonato.

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