Torcida do Vasco dominou o Independência, em BH, em mais uma prova de amor
Torcida do Vasco dominou o Independência, em BH, em mais uma prova de amor - Foto: Leandro Amorim/Vasco

Na tabela, pode até constar que o Vasco joga como visitante na metade das partidas do Brasileirão. mas, nos estádios pelo país, a presença e o apoio da torcida cruz-maltina impressionam. Por vezes, aliás, fazem a diferença no resultado. No 2 a 0 na Arena Pantanal, nesta quinta-feira, não foi diferente. Milhares lotaram um dos setores da arquibancada superior e receberam elogios de atletas e comissão técnica.

O próprio clube, em suas redes sociais, fez questão de registrar com um agradecimento acompanhado da frase “sempre local”. Afinal, isso vem sendo dito, internamente, por Ramón Díaz, que se encanta a cada demonstração de devoção e tamanho do público.

“A cada dia fico surpreendido com o apoio da torcida. Onde vamos, eles transmitem carinho e confiança aos jogadores. Eles foram os verdadeiros protagonistas, nos apoiaram em um momento difícil”, disse Ramón, após a vitória sobre o Cuiabá.

Outras partidas emblemáticas

No primeiro turno, o Vasco fez péssima campanha e não deu ao torcedor muitas chances de sorrir. Além disso, após os tumultos na derrota para o Goiás, em 22 de junho, em São Januário, ficou impedido de comparecer aos estádios por punição do STJD e da Justiça Comum. Fora de casa, os vascaínos deram seu show na Arena Fonte Nova, no empate com o Bahia, e foram exaltados pelo técnico, que repetiu diversas vezes o quanto estava ansioso, à época, por jogar com o torcedor ao seu lado e suplicou por uma solução.

“Nós queremos jogar em casa, queremos jogar no nosso campo. Todas as outras equipes jogam em seus campos, mas nós, não. Por quê? Hoje (contra o Bahia, em 04/09) vocês viram todas as pessoas que vieram, muitas pessoas. Queremos jogar no nosso estádio. E temos torcida para encher três estádios, nos deixem jogar na nossa casa, por favor!”, bradou Ramón.

Depois, contra o América-MG, a maioria do Independência, em 26 de setembro, era de cruz-maltinos, que receberam uma carga extra de ingresso. Daquela vez, inclusive, a vitória veio e a equipe saiu da zona de rebaixamento pela primeira vez desde maio.

Torcida do Vasco dominou o Independência, em BH, em mais uma prova de amor – Foto: Leandro Amorim/Vasco

Rivais descumprem regulamento

No duelo com o Santos, o rival disponibilizou apenas uma carga inferior a 3%, limitando o acesso da torcida do Vasco na Vila Belmiro. Caso semelhante ocorreu em Goiânia, quando menos de 200 pessoas puderam adquirir ingressos para o empate no Serrinha, há cinco dias.

Mas, na Arena Pantanal, o Cuiabá cumpriu o regulamento da CBF e abriu todo o setor para os torcedores do clube carioca. Com isso, somados aos “intrusos” na torcida local, estima-se que os vascaínos foram maioria entre os 28 mil presentes. E, aliás, gritaram o tempo todo, até mesmo quando a equipe atuava mal e era pressionada pelo Dourado.

Taxa de ocupação altíssima

Desde o início de setembro, quando a suspensão da Justiça Comum acabou, o Vasco vende em menos de 24 horas todos os ingressos tanto para os jogos como mandante, quanto os que é visitante. A taxa de ocupação, por sua vez, está perto de 100%, algo que somente o Palmeiras, vice-líder e recordista em sócios no Brasil, consegue alcançar hoje em dia.

No entanto, nem mesmo o apoio intenso do torcedor vem sendo suficiente para manter o time fora da zona de rebaixamento. A próxima oportunidade é na próxima segunda-feira, às 19h, em São Januário, contra o Botafogo. Todos os bilhetes, por sinal, já estão esgotados.

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