Lionel Messi faz um carinho e beija a taça, que, finalmente, se rende ao poder do gênio. Demorou, como demorou! Houve um namoro que quase chegou a casamento em 2014, mas, na hora do sim, ela correu para os braços do alemão Manuel Neuer. Agora, em 2022, não houve jeito.

Volúvel e, por muitas vezes perversa, a taça até que tentou escapar. Aprontou, correu, ameaçou, mas ficou nas mãos de quem tanto a merecia, de alguém que vai tratá-la melhor do que qualquer outro no planeta.

Messi brilha há anos no futebol. É magistral vê-lo desfilando talento pelos gramados. No Barcelona, cresceu, amadureceu e encantou com jogadas mágicas, incríveis e inigualáveis, que hoje repete no Paris Saint-Germain. No entanto, faltava o título mundial com a Argentina, o país onde nasceu e que escolheu defender, apesar de ter ido viver na Espanha ainda muito menino.

Lionel Messi desfilou nos gramados do Qatar – Divulgação/AFA

Por anos e anos, conviveu com a injusta sombra da desconfiança dos próprios argentinos e, sobretudo, com a crueldade pela comparação com outro gênio, Diego Maradona, um deus no país vizinho. Do seu jeito, sem marketing, sem festas extravagantes, sem ações mirabolantes fora dos gramados, Messi foi ganhando o coração dos hermanos. Mas faltava a Copa do Mundo. Faltava…

Ele agora tem a definitiva companhia da taça e a incondicional idolatria do povo argentino. Talvez jamais seja elevado a deus, como Maradona. Porém, no campo de jogo, sempre foi divino. Pena que a taça tenha demorado tanto para reconhecer que é muito mais feliz nas mãos de Messi, assim como a bola, bem mais sagaz, sempre amou estar nos seus pés.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10

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