Abel Ferreira protagonizou mais um momento de rusgas com a imprensa neste sábado (24), após a goleada do Palmeiras por 5 a 0 sobre o Cuiabá, em Campinas (SP), pelo Campeonato Brasileiro. A jornalista Alinne Fanelli, da Band News, pediu uma atualização sobre a situação física de Mayke, que deixou o jogo machucado ainda na primeira etapa e chorou no banco de reservas. O técnico português, esquivando-se do assunto, porém, passou do tom na entrevista coletiva no Estádio Brinco de Ouro da Princesa.

Abel Ferreira passa do tom após pergunta de uma repórter sobre situação de Mayke – Foto: Cesar Greco/Palmeiras

“Mais uma lesão. Uma coisa que vocês têm que entender é que tenho que dar satisfação a três mulheres só: minha mãe, minha mulher e à Leila. Elas são as únicas que podem me pedir explicação. Por que perdeu, por que lesionou? As únicas. Os outros podem se manifestar, elogiar, reclamar. O treinador tem que saber ouvir e aceitar. Infelizmente aconteceram coisas dentro do clube em agosto. A pior delas foram as lesões. Umas que vocês souberam e outras, não”, disparou o treinador.

A atitude de Abel Ferreira não repercutiu bem na web. Internautas reprovaram a postura do técnico português e prestaram solidariedade a jornalista.

Rádio BandNews FM acusa Abel: ‘Machismo indiscutível’

Em nota oficial após o episódio, a rádio BandNews acusou Abel Ferreira de machismo. De acordo com o veículo, um machismo ” injustificável e indefensável”.

“Tem Mulher na Área” não é apenas um quadro da BandNews FM. É um lema de uma rádio que tem no seu DNA o respeito às mulheres, das ouvintes às profissionais que fazem desse veículo de comunicação um dos principais do Brasil. Neste sábado, a nossa repórter Alinne Fanelli foi desrespeitada ao exercer sua profissão. O machismo indiscutível demonstrado pelo técnico Abel Ferreira é injustificável e indefensável. Postura que certamente não representa as milhares de torcedoras do Palmeiras que, assim como a jornalista Alinne Fanelli, trabalham com profissionalismo e dedicação, independentemente do setor. À nossa repórter, solidariedade e respeito!.”

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