STJD rejeita recurso de ex-presidente da CBF

O Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) negou o pedido de provimento da defesa de Rogério Caboclo, ex-presidente da CBF. Ou seja, o recurso do advogado de Cabloco foi analisado e o pedido, contido nele, negado. O ex-dirigente da entidade brasileira foi afastado do cargo após denúncias de assédio sexual e moral.

Na sessão, que aconteceu nesta manhã de quinta-feira (13), esteve em pauta de discussão o afastamento de 30 dias e a prorrogação posterior para 60, recomendado pela Comissão de Ética, para o então presidente Rogério Caboclo. Assim, atos posteriores, como as acusações das funcionárias da CBF.

No julgamento, a defesa de Rogério Caboclo pedia o retorno do dirigente à presidência da CBF. Ele foi afastado do cargo no dia 6 de junho de 2021. Além de defender a inocência de seu cliente, a defesa do ex-dirigente alegou que existia supostos “vícios e nulidades na condução do processo pela comissão (de ética)”.

Em contrapartida, o advogado Gamil Foppel, diretor jurídico da CBF, defendeu a punição ao ex-presidene. Segundo ele, está na hora de uma punição severa, em razão das acusações para Caboclo.

“Não se trata de matéria de competições desportivas. Não se trata de uma sanção desportiva pelo que esse tribunal não tem competência. Mas ainda que competência tivesse, tendo em vista a decadência, tendo em vista a ausência de assinatura na petição de recurso. Tendo toda matéria de fundo a este assunto, é importante, dentro desta função pedagógica, que esta corte dê um recado forte, austero e importante: que o futebol brasileiro entrou em outro tempo”, explicou Foppel.

Relembre o caso

Em junho de 2021, Rogério Caboclo recebeu acusação de assédio moral e sexual. Assim, sofreu afastamento inicialmente por 30 dias pelo Comitê de Ética da entidade. Entre as denúncias, uma funcionária da CBF relatou sofrer constrangimentos em viagens e reuniões com o presidente e na presença de diretores da entidade. Além disso, citou uma vez que Caboclo perguntou se a mesma se masturbava e, em outra ocasião, que o chamou de cadela. Caboclo, por sua vez, sempre negou as acusações.

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