Nos anos 1960, Santos x Botafogo foi o sinônimo de Pelé x Garrincha. Porém, o clássico mais espetacular do passado vive um momento bem diferente. O Alvinegro carioca mudou a administração do futebol há 16 meses e colhe os frutos no campo. Afinal, hoje é líder isolado do Brasileirão. Mas visita na Vila Belmiro, domingo, às 16h, um Peixe em péssima fase, em 14º lugar, a 23 pontos do rival.

Curiosamente, o tabu recente é amplamente favorável ao time paulista, com apenas uma derrota nas últimas oito partidas. Tudo porque o Glorioso enfrentou príodos complicados, com direito a rebaixamento. Somente no último encontro é que o Botafogo voltou a vencer, em novembro de 2002, no Nilton Santos. Os gols foram de Lucas Fernandes (dois) e Tiquinho Soares, remanescentes do elenco.

Tiquinho em ação pelo Botafogo contra o Santos, em novembro/2022 – Foto: Vitor Silva/Botafogo

Botafogo virou imbatível fora de casa

Se contabilizarmos apenas os jogos na Vila, já são dez anos sem triunfos dos cariocas. Mais um obstáculo que a equipe de Bruno Lage, o debutante em competições nacionais, terá de superar. Ainda que levar os três pontos fora de casa já não seja nenhuma novidade para o Alvinegro. Afinal, são quatro vitórias consecutivas (Cuiabá, Palmeiras, Grêmio e Patronato-ARG).

O técnico português evitou projetar, na coletiva de quarta-feira, o confronto com o Santos, por ainda não conhecer bem o time adversário. Mas falou sobre a pressão de manter os resultados no mesmo nível de seus antecessodres, Luís Castro e Cláudio Caçapa.

“Há uma frase feita que é quando se ganha nem tudo está bem e quando se perde nem tudo está mal. A pressão é igual em todo o lado. A pressão que coloco em mim é máxima, fico à vontade de falar sobre isso. Sei que essa pergunta vai se prolongar até o final. Essa questão da pressão está complemente ultrapassada. Já vamos focar no próximo jogo, contra o Santos, que é o mais importante”, disse Lage.

Manutenção da base x alta rotatividade

Paulo Turra - Santos
Paulo Turra vem ‘ceifando’ o elenco do Santos para sair da má fase – Foto: Raul Baretta/ Santos FC

O que chama mais a atenção neste duelo é a diferença no planejamento dos dois clubes. Enquanto o Peixe mexe na equipe em todo jogo e já afastou oito atletas, após a chegada de Paulo Turra, o Botafogo mantém a base e frequentemente repete a escalação.

O torcedor já tem na ponta da língua quem vai atuar e há poucas disputas reais pela posição. A comissão técnica só reveza para evitar o desgaste em excesso. Já o Peixe chegou a trocar seis peças de uma partida para outras e segue no mercado em busca de reforços.

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