Javi Gracia, treinador do Valencia, comentou sobre o que ocorreu com o time nos 30 minutos entre o insulto racista que Diakhaby, zagueiro de seu time, sofreu de Juan Cala, a retirada do time e o retorno da equipe para seguir jogando a partida deste domingo em que os valencianos foram derrotados por 2 a 1, no Estádio Ramon de Carranza, pelo Campeonato Espanhol.
“Naquele momento, nosso jogador estava nervoso com o insulto e dissemos ao árbitro que não estávamos de acordo com isso e nos fomos para o vestiário. Aí veio a informação de que se não voltássemos seríamos sancionamos. Falamos com Diakhaby e como ele se encontrava. Nosso zagueiro disse que não tinha condições psocológicas para jogar, mas que o time deveria voltar e terminar a partida para não ser sancionado e punido duas vezes. Se Diakhaby falasse para não jogarmos, não voltaríamos. Mas ele pediu para irmos a campo.
Gracia disse que ao entrar em campo conversou com o juiz:
“Voltamos para tentar a vitória como um motivo a mais para vencer. Mas não conseguimos. O árbitro disse que não escutou nada e não sabia o que realmente tinha passado, não havia uma prova e nessa situação daria continuidade para a partida. Conversamos e o que eu disse e repito aqui na coletiva é que é lamentamos a situação e vamos condenar tudo em relação ao racismo”.
O treinador disse que foi decepcionante o fato de Juan Cala ter seguido em campo na retomada do primeiro tempo e substituído apenas no intervalo. O caso de que a vítima foi punida e o agressor, não.
“Não estou de acordo com o jogador deles seguir em campo. Não entendemos e reclamamos com o quarto árbitro”.
Por fim, Gracia, que já trabalhou no Cádiz, disse que o seu ex-clube é exemplar e não irá passar pano neste caso.
“Trabalhei duas temporadas eu estava no Cádiz, que é uma grande referência ética em muitas coisas. Os seus torcedores são exemplarem. Sei que isso foi um borrão na sua história que será corrigido.
Do lado do Cádiz…
Já o treinador do Cádiz, Alvaro Cervera, respondeu pelos menos 15 vezes na sua coletiva que Cala garantiu para ele e seus companheiros que não insultou Diakhaby.
“Cala garante que não disse palavras racistas e eu confio totalmente na palavra do meu jogador. Por isso o mantive em campo até o fim do primeiro tempo”.
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