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Atleta do Século e melhor jogador de todos os tempos, Pelé morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, em São Paulo. O ídolo, inclusive, atacou em outras frentes além do futebol. Sendo assim, as portas se abriram ao Rei por conta de seus gols e lances magistrais ao longo de quase 20 anos de carreira esportiva.
“Teria sido melhor ver o filme do Pelé”. A frase que marcou um dos episódios do seriado “Chaves” faz todo sentido. O ídolo não desperdiçou a chance de apresentar ao mundo uma de inúmeras outras facetas. São, neste sentido, nove participações no cinema, incluindo três documentários e seis longas-metragens.
Entre as suas atuações na telona, Pelé fez uma triangulação de respeito com os astros hollywoodianos Sylvester Stallone e Michael Caine em “Fuga para a vitória” (1981). Os ex-craques Bobby Moore, Osvaldo Ardiles e Kazimierz Deyna também deram uma forcinha na trama.
Em seguida, Pelé vestiu as luvas e foi para o gol em “Os Trapalhões e o Rei”, de 1986, dirigido por Carlos Manga e visto por 3,6 milhões de espectadores, sucesso de bilheteria no Brasil. Detalhe: não foi nenhuma novidade. O gênio quebrou um galho na posição em quatro jogos, todos pelo Santos, sem deixar passar nenhuma bola.
– O Rei Pelé (1962)
– Brasil verdade (1964)
– O Barão Otelo no barato dos bilhões (1971)
– A Marcha (1972)
– Passe Livre (1974)
– Isto é Pelé (1974)
– Os Trombadinhas (1979)
– Fuga para a vitória (1981);
– A vitória do mais fraco (1983)
– Pedro Mico (1985)
– Os Trapalhões e o Rei do Futebol (1986)
– Hotshot (1987)
– Primeiro de Abril, Brasil (1988)
– Pelé Eterno (2004)
– Once in a Lifetime (2006)
– Pelé: O Nascimento de uma Lenda (2017)
MÚSICO
Compositor, Pelé gravou canções, emprestou o nome em outras parcerias e participou do trabalho, principalmente, de grandes nomes da MPB, seja em formato de compacto, LP ou CD. O Rei tabelou com Elis Regina e Sérgio Mendes (pianista e um dos precursores da Bossa Nova). Isso sem mencionar as citações nas canções de Caetano Veloso e Chico Buarque, os papas da música brasileira.
Em 2006, o Rei lançou, no mercado europeu, o LP “Ginga”, com músicas de própria autoria. O álbum tem participação especial de Gilberto Gil em “Quem sou eu” e do rapper Rappinʼ Hood na faixa título.
Figura midiática e conhecida nos quatro cantos do planeta, Pelé foi escalado como garoto-propaganda diversas vezes ao longo dos seus 82 anos. Desde a época de jogador, era requisitado por empresas. Quando pendurou as chuteiras, então, os convites das marcas aumentaram.
Entre as campanhas mais notáveis, destacam-se, por exemplo, uma contra a impotência sexual para uma indústria farmacêutica e um comercial para uma companhia telefônica no qual, contra a Argentina, em idade avançada (70 anos), marca, enfim, o seu último gol pela Seleção Brasileira.
Se até hoje suas preferências ideológicas não estão claras, a política margeou a vida do ídolo, que chegou a ser nomeado como ministro do Esporte durante o início do primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1995.
Alguns gestos do Rei causaram desconforto. A Ditadura Militar foi contemporânea ao auge de sua carreira. A aproximação de Pelé com os presidentes do regime lhe rendeu críticas. O ex-atacante do Santos, contudo, se defendeu, afirmando que compromissos pessoais não significam apoio ao governo.
No futebol, rompeu com o ex-presidente da Fifa João Havelange, porém, chancelou a candidatura de Ricardo Teixeira, ex-mandatário da CBF, à presidência da entidade máxima do esporte, em 2010. Aliás, os dois dirigentes tiveram as trajetórias manchadas por escândalos de corrupção.
Em resumo, a verdade é que a vida política de Pelé sempre foi ambígua. Em 1969, nos Anos de Chumbo, ao marcar o milésimo gol, fez um apelo para que o país olhasse para as crianças pobres, uma de suas bandeiras. O Rei também chegou a pedir por “Diretas Já”, no momento em que a sociedade brasileira clamava para poder voltar a eleger um presidente, no fim da ditadura militar. Mas a Majestade não se engajou na luta no debate das questões raciais. E precisava? O mundo havia tinha se curvado a um negro!
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