Sem dúvida, nada fez mais barulho no futebol brasileiro nos últimos dias do que a presença de Gabigol num cassino (óbvio que clandestino) em São Paulo. Foi flagrado em operação policial ao lado de outras duzentas pessoas, em plena pandemia, dizem que escondido embaixo de uma mesa. Tudo errado!

Eu acho que um ídolo de um clube como o Flamengo tem nítida responsabilidade pelo que transmite. Não fosse assim, eles não receberiam dinheiro por direitos de imagem, não lucrariam tanto com isso. Vi muita gente dizendo que Gabigol estava de férias, que tem o direito de fazer o que bem entende e que ninguém tem nada com isso. De fato, cada um faz o que bem entender, mas que arque com as consequências!

Horas depois, em entrevista ao repórter Eric Faria, do Grupo Globo, ele recorreu ao expediente mais cínico, mais covarde. Disse que não gosta de apostas, que só joga videogame, que tinha ido lá a convite de amigos para jantar… só faltou justificar que estava participando de uma oração no culto do Pastor Jogatina! Ou o ingênuo Gabigol não percebeu que o restaurante tinha um jeitão de cassino? Deveria ser temático…

Desculpe, mas pior do que cometer um erro desse tamanho, é zombar do público com tanto desdém. É ridicularizar aqueles que te admiram, é mostrar total descompromisso com o próprio público e com a verdade. Se a ida a um cassino em plena pandemia, deu polícia e dor de cabeça, a ironia, o descaso e o desprezo aos fãs dão vergonha, muita vergonha! Parodiando a plaquinha que ficou tão famosa, teve gol contra do Gabigol! E do Flamengo, claro!

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