O dono da SAF do Botafogo, John Textor, está longe do Rio de Janeiro, mas segue com o clube como prioridade. Isso porque o empresário participou de um seminário sobre futebol em Londres organizado pelo jornal ‘Financial Times’, na última quinta-feira (29). No evento, ele defendeu a criação de uma Superliga Mundial.

Vale ressaltar que, há pouco tempo, alguns clubes que são potências na Europa tentaram instituir um torneio com estas características. A intenção era quebrar o monopólio da Uefa e uma movimentação em resistência à Liga dos Campeões.

No seminário sobre futebol em Londres, John Textor defendeu os interesses de dois dos seus clubes, o Botafogo e o Crystal Palace – Foto: Vitor Silva/Botafogo

Inicialmente, houve uma grande adesão, porém não houve um desfecho positivo após as ameaças de punição. Textor declarou que no momento não defende um modelo específico de competição.

“Não quero apoiar uma marca específica de superliga. Acredito que o mundo quer jogar futebol. O Botafogo quer vir para a Europa e jogar com os melhores. Eu comecei o campeonato mundial de snowboarding quando não era permitido esquiar. A evolução vai acontecer, se você não evolui, você está extinto”, esclareceu John.

“Eu quero que o mundo jogue. Eu quero que o New England Revolution (clube dos Estados Unidos) tenha a chance de vencer o Chelsea. Quero que o Palmeiras também venha. Dizem que a maré alta faz todos os barcos flutuarem, vamos ver isso. Sou a favor de uma liga mundial, algo super, mas também sou a favor das ligas nacionais”, acrescentou o empresário.

Dono do Botafogo critica regras da Premier Legue

Textor também é dono do Crystal Palace, clube que disputa a Premier Legue. A respeito da maior liga de futebol do mundo, o proprietário norte-americano criticou as regras. Afinal, segundo o mesmo, elas favorecem os clubes do ‘Big Six’, que representam os clubes mais ricos do torneio. No caso, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, United e Tottenham.

“O fair play financeiro é uma fraude. Está claro que (as regras) foram criadas para garantir que os clubes que não gerem receitas significativas não consigam recuperar esse atraso. Não importa se você tem US$ 1 bilhão, você não tem permissão para gastá-lo. Isso faz algum sentido?”, questionou John.

“Temos três bilionários em nosso grupo de proprietários (no Crystal Palace), talvez mais. Não podemos gastar no nível das equipes que estão no top 6. Josh Harris (sócio do Palace) não tem problemas com dinheiro, ele acabou de comprar um time da NFL (Washington Commanders), é dono do (Philadelphia) 76ers (franquia da NBA). Mas Steve (Parish, presidente do Palace) não tem permissão para sair e gastar tanto dinheiro, porque ele perde pontos e é mandado para a segunda divisão”, finalizou.

Por último, ele relembrou a punição que o Everton recebeu. Em um primeiro momento, os Toffes perderam dez pontos, mas após recorrer, diminuiu para seis. Em contrapartida, Textor indica que Chelsea e Manchester City tiveram atitudes semelhantes, mas até o momento não sofreram sanções.

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