Sócio proprietário da SAF do Botafogo, John Textor divulgou, em seu site oficial, uma carta aberta sobre as acusações que mantém a respeito da manipulação de resultados no futebol brasileiro. Ele assegura que as provas já estão nas mãos de autoridades competentes. O mandatário sugere, também, um VAR automatizado e a instalação de 11 câmeras por estádio.

Textor em depoimento na CPI – Foto: Roque de Sá/Agência Senado

“Me comprometo em obter e conceder o licenciamento gratuito de tecnologia de VAR automatizados às autoridades. Também me comprometo a intermediar o processo de instalação de até 11 câmeras com essa tecnologia em todos os estádios de futebol que recebam jogos do Campeonato Brasileiro. A nova tecnologia é capaz de detectar, por meio de visão computacional de alta resolução, o comportamento e movimentação a cada milissegundo dos jogadores e dos árbitros de futebol. Isso não só contribuirá para coibir atos suspeitos, como também garantirá a melhora na tomada das decisões difíceis”, colocou.

Sobre os desdobramentos de suas insinuações e do depoimento na CPI das Apostas Esportivas, no Senado Federal, Textor assegura que não pretende contestar os resultados das partidas, como na virada do Palmeiras sobre o Botafogo por 4 a 3, em 2023, no Estádio Nilton Santos. O jogo foi um divisor de águas para o Glorioso perder o título brasileiro para o Verdão. O mandatário norte-americano, aliás, acusou o árbitro de VAR de manipular as imagens da tecnologia de vídeo.

“O intuito nesta difícil empreitada não é de revisar ou anular resultados dos campeonatos passados, tampouco buscar punição para qualquer indivíduo, e sim olhar para o nosso futuro. Um futuro para o esporte isento, transparente e justo, apto a seguir recebendo investimentos de quem quer que seja”, avisou o magnata do Botafogo.

Textor critica Kajuru

Nesta toada, em seguida, criticou duramente o senador Jorge Kajuru (PSB/GO). O congressista andou falando que Textor deveria ser expulso do Brasil, além de colocar algumas situações pelas quais quais foi veementemente desmentido.

“Em nenhum momento, declarei que o Palmeiras foi campeão de 2022 e 2023, porque teria comprado arbitragens, tampouco que a presidente do Palmeiras, a Sra. Leila Pereira, pagou propina aos jogadores do São Paulo. Embora o Palmeiras tenha se beneficiado da manipulação das partidas, nunca afirmei que o time ou qualquer individuo participou ativamente de esquema de corrupção. As minhas declarações acerca da gravidade da prática de manipulação das partidas apenas têm por objetivo contribuir para a apuração dos ilícitos ao conhecimento da CPI. Meu objetivo nunca foi fazer acusações em relação a pessoas ou times específicos”, esclareceu.

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook.

Comentários