Na entrevista coletiva deste domingo (27), véspera do jogo do Brasil contra a Suíça, Tite condenou o “rodízio de faltas” que está acontecendo no Mundial e que vitimou o atacante Neymar.
“Se queremos premiar o espetáculo, temos que tomar cuidado, inclusive com o rodízio de faltas, principalmente contra grandes astros. Há um rodízio de faltas, isso é fato, e isso precisa ser coibido”.
Tite fez uma ressalva. Segundo ele, o lance que agravou a lesão de Neymar – depois que o jogador ficou 11 minutos sentindo o tornozelo, sem que o treinador percebesse – foi normal.
“Ele já estava há onze minutos sofrendo com o impacto, que não foi maldoso, foi do jogo. Teve um lance de uma falta frontal que foi dura, que eu fiquei avaliando, mas o da lesão foi circunstancial”.
Questionado se o Brasil depende de Neymar, Tite ressaltou a importância do camisa 10, mas destacou que a equipe, como um todo, tem força.
“O Brasil é dependente de todo grande talento, e o Neymar é um extraordinário talento. Claro que é dependente, mas da preparação dos demais também”, afirmou.
Talentos que fazem diferença
Tite enfatizou que grandes craques mantêm um bom desempenho de forma linear e, em dados momentos, se impõem com um diferencial. Dessa forma, ele deu como exemplo a vitória do Brasil sobre a Sérvia na estreia da Seleção neste Mundial:
“Eu acredito no grande talento do atleta diferente. Aquele que faz as coisas bem feitas durante oitenta minutos e, em duas ou três oportunidades, faz a diferença. Esse é o talento, a criatividade. A criatividade não é constante. Olha o primeiro gol nosso: o Neymar recebe em um espaço curto, faz a finta, dá um segundo corte, a bola pega o Vini, goleiro faz uma grande defesa, e o Richarlison marca o gol. Esses talentos aparecem três vezes durante o jogo. Isso é ser diferente, e o Neymar tem essa capacidade”.
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