Título inexpressivo? Taça GB é água na fervura do Flamengo

- Thiego Mattos

Depois dos fracassos no começo da temporada, o Flamengo tem a chance de festejar neste domingo o primeiro título sob o comando do técnico Vítor Pereira. A equipe rubro-negra encara o arquirrival Vasco da Gama, e uma vitória garante a conquista da Taça Guanabara. Antes um dos mais importantes troféus do país, a competição foi perdendo prestígio no decorrer dos tempos. Hoje é uma pálida recordação do que já foi um dia.

No entanto, diante da pressão que o treinador enfrenta da própria torcida, após a eliminação nas semifinais do Mundial de Clubes para o Al-Hilal, a perda da Supercopa do Brasil para o Palmeiras e da Recopa Sul-Americana para o Independiente del Valle em pleno Maracanã, a Taça Guanabara virou o sonho possível. E a chance de alívio.

VP COM PRESTÍGIO ENTRE A DIRETORIA DO FLAMENGO?

É claro que nenhum dirigente vai admitir isso – e muito menos o técnico -, mas um fracasso contra o Vasco jogaria uma insuportável dose de insatisfação num fervente caldeirão prestes a transbordar. Em sua enorme maioria, o torcedor não quer o Vítor Pereira. Não mesmo! Os dirigentes garantem que ele está prestigiado e citam o apoio incondicional dos jogadores, que também juravam amor a Domènec Torrent, a Paulo Sousa e a Renato Gaúcho, só para citar alguns.

Até aqui, o futebol do Flamengo é paupérrimo, indigno dos nomes e do altíssimo custo do elenco e da comissão técnica. Por isso, um título inexpressivo como o da Taça Guanabara pode servir para jogar água na fervura da crise. Vencer um adversário como o Vasco, que vem juntando os cacos ao longo de anos de derrotas e vexames e que agora tenta se reerguer, pode ser um prêmio de consolação, com direito a uma taça como brinde.

Mas, se o time tropeçar, Vítor Pereira vai conhecer o tamanho da rivalidade e da insatisfação da galera. O Carioca não tem lá grande importância. Desde que o mais forte vença, e isso tem passado longe do Flamengo atual. Que o digam Al-Hilal, Independiente del Valle e até o Madureira…

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Leo Pereira