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Na zona de rebaixamento e em má fase, o Vasco ainda sofre com a pressão. Durante o treino na manhã desta quinta-feira (10/12), membros de uma organizada invadiram o CT do Almirante, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, para cobrar jogadores e o técnico Ricardo Sá Pinto, que tomou a frente das conversas e se mostrou irritado com a situação causada pelos torcedores.
Entre as cobranças, os membros da organizada, pouco mais de dez, exigiram vitória no clássico de domingo (13) com o Fluminense, em São Januário, e pediram que Sá Pinto seja mais duro na cobrança aos jogadores. Logo no início, o português se irritou quando um dos torcedores disse que ele afirmou “estar tudo bem”.
Os torcedores do Vasco também pediram mais vontade e determinação dos jogadores, e que “comam grama” enquanto estiverem em campo. Alguns atletas foram criticados, como os atacantes Talles Magno, por testar positivo para Covid-19 duas vezes, e Ribamar, além do capitão Leandro Castan.
O comandante vascaíno saiu em defesa de seus jogadores e chamou a responsabilidade para o momento ruim do clube.
“Não vejo ninguém facilitando. Há fatores que não foram favoráveis a nós e eu sou o responsável. Quando eu não tiver condições, sou o primeiro a ir embora. A gente tem condições. Calma”, disse Sá Pinto.
Por fim, os membros xingaram o presidente Alexandre Campello e disseram para o elenco não se preocupar com a instabilidade política.
Em sua rede social, a organizada responsável pela invasão do CT disse que o elenco vascaíno fugiu do último protesto – antes da derrota por 1 a 0 para o Defensa Y Justicia pela Copa Sul-Americana – e por isso houve a “visita surpresa”.
A POSIÇÃO DO VASCO
O Vasco se pronunciou sobre o caso por meio de uma nota. Leia abaixo:
“Nesta quinta-feira (10/12), integrantes de uma torcida organizada invadiram o CT do Almirante durante o treinamento do time profissional. O Club de Regatas Vasco da Gama compreende a insatisfação de seus torcedores e entende que os resultados em campo estão aquém do esperado, mas é absolutamente injustificável que jogadores e comissão técnica sejam ameaçados e intimidados em seu local de trabalho. O futebol brasileiro já deu inequívocas provas de que este tipo de ação, além de ilegal, não surte qualquer efeito prático positivo. Providências já foram tomadas para que episódios como o desta quinta não voltem a se repetir. O Vasco reafirma que atletas, comissão técnica e diretoria estão comprometidos e empenhados em mudar a situação no Campeonato Brasileiro.”
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